domingo, 6 de novembro de 2022

Aonde


Poeta Mário Cláudio



Aonde teus passos me levam,
aí, o voo segue da noite.
Escrevo as linhas do percurso, e
toco, a teu lado, entre fetos e
urtigas, a câmara escura da casa.
Rasga o comboio os campos manchegos,
com uma toalha húmida e
um livro aberto, a cobrir a nudez que
sofremos.
E desenhas o mapa dos líquenes, e
aprendes, a meu lado, sobre o esqueleto
dos reis, a aresta antiga das
torres.
Aonde os anjos escalam o oiro das uvas,
aí, o horizonte morre da manha.


- Mário Cláudio in, ‘Doze Mapas’
É poeta, ficcionista e ensaísta, autor de uma obra vasta e multifacetada que compreende a ficção, a crónica, a poesia, a dramaturgia, o ensaio, a literatura infanto-juvenil e ainda letras para fado, assim como inúmeros artigos publicados na imprensa nacional e estrangeira.
Mário Cláudio é um dos maiores ficcionistas portugueses contemporâneos e as suas obras estão traduzidas em inglês, castelhano, francês, italiano, alemão, húngaro, checo e croata.
Dos muito prémios que recebeu até agora, destaca-se o Grande Prémio APE (Associação Portuguesa de Escritores), que conquistou por três vezes: em 1984, com "Amadeo", em 2014, com "Retrato de Rapaz", e em 2020, com “Tríptico da Salvação“. Foi também distinguido pela Universidade do Porto, em 2019, com o título Doutor Honoris Causa. De destacar também o Prémio Pessoa, em 2004, que recebeu pelo conjunto da sua obra.
📸
Foto: Nuno Veiga / LUSA




..........................................................
LEIA TAMBÉM: CaligemEnquanto O Sisal Amadurece O TempoAlgaAldebarã Vista Pela Primeira VezPequeno Lugar PerdidoSecretos AlfabetosLugares de SerSafiras LiquefeitasInsinuaçãoMaisTudo é Vão no Fragor de Todas as GuerrasVenturaO Preço da Passagem,  Áridos em Nós MesmosNo Verde Secreto de Seu FrenesiEnquanto O Vento Me RuminaSertãoDeclaraçãoO Ouro Rútilo dos Círculos SibilinosTu Não Ouves DebussyIdílioAnte a Flor e a Estrela Explodidas de DelíciasLíricas EstelaresO Que Sei de CorUm Pequeno Anjo InócuoO Ermo Homem da Casa AbandonadaRéquiem Para O Quasar Caído na OpacidadeAgreste, Cá Entre NósMensagemDentro do SilêncioNau Sinal e ChiaroscuroAté O Júbilo Desfazer-se Em SuspirosRomagemFastio, DianaVoltar Ao Sopro, Um PássaroO Motoqueiro do SábadoConsumaçãoViajando na MadrugadaÁvida Flama IncessanteÁguas Sob O SolO Vento Sobre As Águas, RomagemNesta Praia Sem NomeEntre O Leve e O EscassoE Tudo me Fez AntigoCinco PerasPaisagemA Casa de CristalAmareloCidade do InteriorUm Pássaro do JapãoCavalos Selvagens, Gato e PássaroDentro dePãoNuvensAmareloA Casa de CristalPaisagemCinco PerasE Tudo Me Fez Antigo, O Mamoeiro MortoO Tamarindeiro FalmboyantGoiabeiraO Guarda-ChuvaPulseira e EscapulárioA CarteiraA JarraO LivroO PianoConsumaçãoSertãoÁguas sob o SolRecessoO Vento Sobre as ÁguasTeus NomesEstranhosAquele CãoInfinitos de MimAqueles Olhos NoturnosJanela Aberta Para O MarA Surpresa da ManhãViajante VozContra O EsquecimentoAo Som de uma SalsaO CãoO RelógioImagem Sobre O EscuroUma Concha Nas MãosDe Branco e AzulPalavraPalavras SecasLi PoesiaCoisa SussurranteEnquanto Te Ouço Nas MarésTua PresençaUm Cão Dentro de Um QuartoCom Seu Inofensivo OlharUm Vulto ao VentoÉ Uma PessoaO AnjoUm Homem PacatoUm Domingo CinzaUm Distinto SenhorAquele Pôster da Marlene DietrichTempo de ViverA PedraA Cadeira VaziaO MamoeiroLembrançaO Lado Esquecido da CidadeO Olhar do RibeirinhoContra O RelógioAsa e VooDiante da ClaridadePor Um InstantePara Além da Tua BandeiraEnquanto Ela VoaQuero LevezaTomar CaféAs MãosEsmeraldas FluidasMãe Mulher TempoPassarinhoAmarelo, Grous AzuisChuva em YabakeiNo Sigilo dos Lábios, Benigno Vazio.
............................................................

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Diante de Teus Olhos


Lightning (1909) - Mikalojus Konstantinas Ciurlionis



Muito da realidade te afoga,
volume violento de universo
que tentas, em vão, domar.

Aprendeste como caça
o que agora te diz ser dança.
E teus pés viciados
não sabem caminho novo.

É absurda de assombro
a quantidade de luz sobre teus olhos.
E, ainda assim, perdes mesmo a possível paisagem,
a que, diante de teus olhos, desaparece no exagero de tudo.


|Autor: Webston Moura|



..........................................................
LEIA TAMBÉM: CaligemEnquanto O Sisal Amadurece O TempoAlgaAldebarã Vista Pela Primeira VezPequeno Lugar PerdidoSecretos AlfabetosLugares de SerSafiras LiquefeitasInsinuaçãoMaisTudo é Vão no Fragor de Todas as GuerrasVenturaO Preço da Passagem,  Áridos em Nós MesmosNo Verde Secreto de Seu FrenesiEnquanto O Vento Me RuminaSertãoDeclaraçãoO Ouro Rútilo dos Círculos SibilinosTu Não Ouves DebussyIdílioAnte a Flor e a Estrela Explodidas de DelíciasLíricas EstelaresO Que Sei de CorUm Pequeno Anjo InócuoO Ermo Homem da Casa AbandonadaRéquiem Para O Quasar Caído na OpacidadeAgreste, Cá Entre NósMensagemDentro do SilêncioNau Sinal e ChiaroscuroAté O Júbilo Desfazer-se Em SuspirosRomagemFastio, DianaVoltar Ao Sopro, Um PássaroO Motoqueiro do SábadoConsumaçãoViajando na MadrugadaÁvida Flama IncessanteÁguas Sob O SolO Vento Sobre As Águas, RomagemNesta Praia Sem NomeEntre O Leve e O EscassoE Tudo me Fez AntigoCinco PerasPaisagemA Casa de CristalAmareloCidade do InteriorUm Pássaro do JapãoCavalos Selvagens, Gato e PássaroDentro dePãoNuvensAmareloA Casa de CristalPaisagemCinco PerasE Tudo Me Fez Antigo, O Mamoeiro MortoO Tamarindeiro FalmboyantGoiabeiraO Guarda-ChuvaPulseira e EscapulárioA CarteiraA JarraO LivroO PianoConsumaçãoSertãoÁguas sob o SolRecessoO Vento Sobre as ÁguasTeus NomesEstranhosAquele CãoInfinitos de MimAqueles Olhos NoturnosJanela Aberta Para O MarA Surpresa da ManhãViajante VozContra O EsquecimentoAo Som de uma SalsaO CãoO RelógioImagem Sobre O EscuroUma Concha Nas MãosDe Branco e AzulPalavraPalavras SecasLi PoesiaCoisa SussurranteEnquanto Te Ouço Nas MarésTua PresençaUm Cão Dentro de Um QuartoCom Seu Inofensivo OlharUm Vulto ao VentoÉ Uma PessoaO AnjoUm Homem PacatoUm Domingo CinzaUm Distinto SenhorAquele Pôster da Marlene DietrichTempo de ViverA PedraA Cadeira VaziaO MamoeiroLembrançaO Lado Esquecido da CidadeO Olhar do RibeirinhoContra O RelógioAsa e VooDiante da ClaridadePor Um InstantePara Além da Tua BandeiraEnquanto Ela VoaQuero LevezaTomar CaféAs MãosEsmeraldas FluidasMãe Mulher TempoPassarinhoAmarelo, Grous AzuisChuva em YabakeiNo Sigilo dos Lábios, Benigno Vazio.
............................................................

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

O Caderno Livre - um bloguinho à moda antiga




O Caderno Livre - um bloguinho à moda antiga



..........................................................
LEIA TAMBÉM: CaligemEnquanto O Sisal Amadurece O TempoAlgaAldebarã Vista Pela Primeira VezPequeno Lugar PerdidoSecretos AlfabetosLugares de SerSafiras LiquefeitasInsinuaçãoMaisTudo é Vão no Fragor de Todas as GuerrasVenturaO Preço da Passagem,  Áridos em Nós MesmosNo Verde Secreto de Seu FrenesiEnquanto O Vento Me RuminaSertãoDeclaraçãoO Ouro Rútilo dos Círculos SibilinosTu Não Ouves DebussyIdílioAnte a Flor e a Estrela Explodidas de DelíciasLíricas EstelaresO Que Sei de CorUm Pequeno Anjo InócuoO Ermo Homem da Casa AbandonadaRéquiem Para O Quasar Caído na OpacidadeAgreste, Cá Entre NósMensagemDentro do SilêncioNau Sinal e ChiaroscuroAté O Júbilo Desfazer-se Em SuspirosRomagemFastio, DianaVoltar Ao Sopro, Um PássaroO Motoqueiro do SábadoConsumaçãoViajando na MadrugadaÁvida Flama IncessanteÁguas Sob O SolO Vento Sobre As Águas, RomagemNesta Praia Sem NomeEntre O Leve e O EscassoE Tudo me Fez AntigoCinco PerasPaisagemA Casa de CristalAmareloCidade do InteriorUm Pássaro do JapãoCavalos Selvagens, Gato e PássaroDentro dePãoNuvensAmareloA Casa de CristalPaisagemCinco PerasE Tudo Me Fez Antigo, O Mamoeiro MortoO Tamarindeiro FalmboyantGoiabeiraO Guarda-ChuvaPulseira e EscapulárioA CarteiraA JarraO LivroO PianoConsumaçãoSertãoÁguas sob o SolRecessoO Vento Sobre as ÁguasTeus NomesEstranhosAquele CãoInfinitos de MimAqueles Olhos NoturnosJanela Aberta Para O MarA Surpresa da ManhãViajante VozContra O EsquecimentoAo Som de uma SalsaO CãoO RelógioImagem Sobre O EscuroUma Concha Nas MãosDe Branco e AzulPalavraPalavras SecasLi PoesiaCoisa SussurranteEnquanto Te Ouço Nas MarésTua PresençaUm Cão Dentro de Um QuartoCom Seu Inofensivo OlharUm Vulto ao VentoÉ Uma PessoaO AnjoUm Homem PacatoUm Domingo CinzaUm Distinto SenhorAquele Pôster da Marlene DietrichTempo de ViverA PedraA Cadeira VaziaO MamoeiroLembrançaO Lado Esquecido da CidadeO Olhar do RibeirinhoContra O RelógioAsa e VooDiante da ClaridadePor Um InstantePara Além da Tua BandeiraEnquanto Ela VoaQuero LevezaTomar CaféAs MãosEsmeraldas FluidasMãe Mulher TempoPassarinhoAmarelo, Grous AzuisChuva em YabakeiNo Sigilo dos Lábios, Benigno Vazio.
............................................................

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Qual O Nome Dela Mesmo?


Portrait of aWoman




É São Jorge, diriam alguns,
como o que se diz olhando a Lua.
Outros diriam ser uma nuvem,
cavalos num prado, cães num quintal.

Olho a vidraça, perco tempo,
gasto quinze minutos,
o relógio me diz.
O guarda me crispa um olhar sério,
imagina, talvez, algo errado.
No entanto, desiste de me abordar.

A mancha na vidraça me toma.
Na verdade, o que restou de um (suposto) reflexo:
por dentro, se é que não me engano,
um rosto, um sorriso, um aceno.

Qual o nome dela mesmo?



|Poema de Série "Incidentes" - Autor: Webston Moura



..........................................................
LEIA TAMBÉM: CaligemEnquanto O Sisal Amadurece O TempoAlgaAldebarã Vista Pela Primeira VezPequeno Lugar PerdidoSecretos AlfabetosLugares de SerSafiras LiquefeitasInsinuaçãoMaisTudo é Vão no Fragor de Todas as GuerrasVenturaO Preço da Passagem,  Áridos em Nós MesmosNo Verde Secreto de Seu FrenesiEnquanto O Vento Me RuminaSertãoDeclaraçãoO Ouro Rútilo dos Círculos SibilinosTu Não Ouves DebussyIdílioAnte a Flor e a Estrela Explodidas de DelíciasLíricas EstelaresO Que Sei de CorUm Pequeno Anjo InócuoO Ermo Homem da Casa AbandonadaRéquiem Para O Quasar Caído na OpacidadeAgreste, Cá Entre NósMensagemDentro do SilêncioNau Sinal e ChiaroscuroAté O Júbilo Desfazer-se Em SuspirosRomagemFastio, DianaVoltar Ao Sopro, Um PássaroO Motoqueiro do SábadoConsumaçãoViajando na MadrugadaÁvida Flama IncessanteÁguas Sob O SolO Vento Sobre As Águas, RomagemNesta Praia Sem NomeEntre O Leve e O EscassoE Tudo me Fez AntigoCinco PerasPaisagemA Casa de CristalAmareloCidade do InteriorUm Pássaro do JapãoCavalos Selvagens, Gato e PássaroDentro dePãoNuvensAmareloA Casa de CristalPaisagemCinco PerasE Tudo Me Fez Antigo, O Mamoeiro MortoO Tamarindeiro FalmboyantGoiabeiraO Guarda-ChuvaPulseira e EscapulárioA CarteiraA JarraO LivroO PianoConsumaçãoSertãoÁguas sob o SolRecessoO Vento Sobre as ÁguasTeus NomesEstranhosAquele CãoInfinitos de MimAqueles Olhos NoturnosJanela Aberta Para O MarA Surpresa da ManhãViajante VozContra O EsquecimentoAo Som de uma SalsaO CãoO RelógioImagem Sobre O EscuroUma Concha Nas MãosDe Branco e AzulPalavraPalavras SecasLi PoesiaCoisa SussurranteEnquanto Te Ouço Nas MarésTua PresençaUm Cão Dentro de Um QuartoCom Seu Inofensivo OlharUm Vulto ao VentoÉ Uma PessoaO AnjoUm Homem PacatoUm Domingo CinzaUm Distinto SenhorAquele Pôster da Marlene DietrichTempo de ViverA PedraA Cadeira VaziaO MamoeiroLembrançaO Lado Esquecido da CidadeO Olhar do RibeirinhoContra O RelógioAsa e VooDiante da ClaridadePor Um InstantePara Além da Tua BandeiraEnquanto Ela VoaQuero LevezaTomar CaféAs MãosEsmeraldas FluidasMãe Mulher TempoPassarinhoAmarelo, Grous AzuisChuva em YabakeiNo Sigilo dos Lábios, Benigno Vazio.
............................................................

Numa Língua Sem Vício


Vele nel Porto (1923) - Carlo Carra


Um caminho, construí-lo,
viajar: abrir um livro,
mar a se descobrir,
como o mar mesmo,
que, da praia, só se sabe
do que é iluminado e
inocente, quase inofensivo.

Mar, monossílabo,
avante viagem,
saber-se dele marujo,
moço ou não,
salgar-se na água volumosa,
páginas de imensidão verde
ou azul.

Deparar-se com as algas
e as baleias,
experimentar a pronúncia delicada
de sargaço, sar-ga-ço.
Ou sonhar sereia, se noite é.

Fim de tarde.
Um pequeno barco,
em água calma,
vai devagar,
supõe diálogo
numa língua sem vício,
sua língua que o mar e meus olhos
lambem.

Livro.



|Poema da Série "Mar" - Autor: Webston Moura|



..........................................................
LEIA TAMBÉM: CaligemEnquanto O Sisal Amadurece O TempoAlgaAldebarã Vista Pela Primeira VezPequeno Lugar PerdidoSecretos AlfabetosLugares de SerSafiras LiquefeitasInsinuaçãoMaisTudo é Vão no Fragor de Todas as GuerrasVenturaO Preço da Passagem,  Áridos em Nós MesmosNo Verde Secreto de Seu FrenesiEnquanto O Vento Me RuminaSertãoDeclaraçãoO Ouro Rútilo dos Círculos SibilinosTu Não Ouves DebussyIdílioAnte a Flor e a Estrela Explodidas de DelíciasLíricas EstelaresO Que Sei de CorUm Pequeno Anjo InócuoO Ermo Homem da Casa AbandonadaRéquiem Para O Quasar Caído na OpacidadeAgreste, Cá Entre NósMensagemDentro do SilêncioNau Sinal e ChiaroscuroAté O Júbilo Desfazer-se Em SuspirosRomagemFastio, DianaVoltar Ao Sopro, Um PássaroO Motoqueiro do SábadoConsumaçãoViajando na MadrugadaÁvida Flama IncessanteÁguas Sob O SolO Vento Sobre As Águas, RomagemNesta Praia Sem NomeEntre O Leve e O EscassoE Tudo me Fez AntigoCinco PerasPaisagemA Casa de CristalAmareloCidade do InteriorUm Pássaro do JapãoCavalos Selvagens, Gato e PássaroDentro dePãoNuvensAmareloA Casa de CristalPaisagemCinco PerasE Tudo Me Fez Antigo, O Mamoeiro MortoO Tamarindeiro FalmboyantGoiabeiraO Guarda-ChuvaPulseira e EscapulárioA CarteiraA JarraO LivroO PianoConsumaçãoSertãoÁguas sob o SolRecessoO Vento Sobre as ÁguasTeus NomesEstranhosAquele CãoInfinitos de MimAqueles Olhos NoturnosJanela Aberta Para O MarA Surpresa da ManhãViajante VozContra O EsquecimentoAo Som de uma SalsaO CãoO RelógioImagem Sobre O EscuroUma Concha Nas MãosDe Branco e AzulPalavraPalavras SecasLi PoesiaCoisa SussurranteEnquanto Te Ouço Nas MarésTua PresençaUm Cão Dentro de Um QuartoCom Seu Inofensivo OlharUm Vulto ao VentoÉ Uma PessoaO AnjoUm Homem PacatoUm Domingo CinzaUm Distinto SenhorAquele Pôster da Marlene DietrichTempo de ViverA PedraA Cadeira VaziaO MamoeiroLembrançaO Lado Esquecido da CidadeO Olhar do RibeirinhoContra O RelógioAsa e VooDiante da ClaridadePor Um InstantePara Além da Tua BandeiraEnquanto Ela VoaQuero LevezaTomar CaféAs MãosEsmeraldas FluidasMãe Mulher TempoPassarinhoAmarelo, Grous AzuisChuva em YabakeiNo Sigilo dos Lábios, Benigno Vazio.
............................................................