As
casas com sobra de terreno à frente,
a fazer
as vezes de jardim, embora não,
tinham
nichos de natureza.
Alegre
e forte, algum pé de flamboiã,
com o
vermelho ao alto, fulgindo.
Veio de
Madagascar nalgum remoto dia,
de modo
direto ou por viés de desviado contrabando.
Árvore
acentuada de paz, especialmente assim.
Ou, se
me cabe, digo deste modo como sinto,
árvore
da infância, dentre outras tantas,
perpétua
ternura da genuína meninice.
Nunca
lhe direi “Delonix regia”, nome sisudo que é.
Encontrando-a
por aí, numa rua ou noutro lugar,
apenas lhe
serei amigo, sem precisar dizer palavra.
E nos entenderemos nesta linguagem particular.
│Poema
da Série “Árvores” – Autor: Webston Moura│
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