Um ladrilho dos anos quarenta.
Quero pisar isto, faz-me bem.
De
resto, nem muito moderno,
exceto
por traquitanas tecnológicas de hoje.
Uma
ampla janela de vidro dá para a rua.
Fica
ali, lê e escreve, não vê TV.
No
escuro, gosta de olhar pela janela.
Espera,
sem força, uma surpresa.
Que
nada! Nunca acontece nada demais na rua.
O
bairro é bom, a vizinhança é normal.
Aqui é
o terceiro andar de um prédio meio antigo.
Da
janela, gosta de pensar ser Raymond Reddington,
mas
falta-lhe o charme e a folha corrida.
Nem
por isso é menos bandido com a
vizinha,
uma
advogada recém-solteira, sem filhos, bastante alegre.
│Poema
da Série “O Quarto” – Autor: Webston Moura│
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