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sábado, 14 de setembro de 2024

Não Sou Pessimista



Montanha dos Cinco Tesouros (1933) - Nicholas Roerich 


Posso, às vezes, ficar triste e desanimado, mas, decididamente, não sou pessimista. Acho, inclusive, que os pessimistas se consideram "um espetáculo à parte", pois "eles é que sabem das coisas", né?

Algo que me ajuda a não ser pessimista, é a Teosofia, uma Escola de Sabedoria calcada na ideia de se buscar o melhor que o ser humano produziu, produz e, consequentemente, foi e é. Eu, que nunca tive, oficialmente, uma religião, encontrei neste caminho o meu, sendo a Teosofia a "Religião da Sabedoria", um imenso campo aberto à multidimensionalidade do conhecimento humano, objetivando a melhoria do ser de cada um e, portanto, do todo, o social, o coletivo, o planetário.

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Mirar



Painting (1925) - Joan Miró


Não dizemos mirar. No sentido de ver e observar, não. Mas é tão bonito! Mirar. A mim me parece mais se apossar daquilo que se observa, tendo-se, talvez, alguma intenção de se aproximar. É mais íntimo. Sensual até. Claro, isso é subjetivo de minha parte.

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

O Imaginário



Untitled - Wols



"No More Lonely Nights" é uma canção do Paul McCartney, constante do álbum "Give My Regards to The Broad Street", de 1984. David Gilmour, da banda britânica Pink Floyd, está presente nas guitarras. É um exemplo do que eu ouvia no rádio quando era adolescente. Sem a necessidade de que cantores e bandas tentassem me deixar excitado com letras "picantes" e dançarinas se esforçassem em rebolados, exibindo bundas, como hoje se vê, abundantemente.

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Parece Que Foi Ontem



Old and young - Mikhail Nesterov


Os jovens têm uma vida longa pela frente. Até descobrirem que a vida não é longa, que longa - larga e arrojada - é a esperança que se têm no vigor da idade. E o mais, o depois, é um mistério que só se sabe vivendo mesmo.

Acho que todo ex-jovem carrega certa melancolia. A juventude tem seus "azares", mas é um momento aonde tudo parece que vai dar certo. De alguma maneira, mais vai.

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

O Poeta e a Pedra



A Cavern near Saint Agnese without the Porta Pia (1778)
- Thomas Jones



"Sim, escrevo versos,
e a pedra não escreve versos."
- Alberto Caeiro



Mas em mim e na pedra o Universo está inscrito, como a Vida nas vidas em que vive e se mostra. E se a pedra não escreve versos, ainda mais misteriosa é, sua língua de escuro e distância é o que não alcanço.



|Autor: Webston Moura|

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Webston Moura
, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Os Unicórnios




The Unicorns Came Down to the Sea



Não existem unicórnios. Mas não posso provar. Digo que não existem porque não quero que existam. E não quero que existam porque não acredito que existam. E, se acredito que não existem, desejo estar certo, ao dizer que não existem. E isto me leva a me imbuir de um humor aflito.

Os unicórnios desceram para o mar, diz a pintura, seu título. Foram se encontrar com os cavalos-marinhos, imagino. E, se posso imaginar, isso já se torna, de algum modo, verdade. Não uma verdade positiva, mas uma verdade do sonho. E o sonho cumpre algo de nossa essência, algo que, sem o qual, não seríamos quem somos, humanos. Então, se só assim, através do sonho, posso fazer existir unicórnios, e isto passa a ser uma verdade, que o seja. Como os que desceram para o mar.



|Autor: Webston Moura|

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sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Selvageria Racionalizada



Study to 'War' (1896) - Arnold Böcklin



Guerra. Países em guerra. Dessas situações, sempre penso algo específico: como se sentem as pessoas no meio dos combates?

Somos de carne e osso, frágeis, facilmente mortais, ainda mais diante de armas potentes. E os que são treinados para a guerra, treinados são para dominar, controlar e exterminar. Lida-se aí com a selvageria racionalizada. A atmosfera da coisa deve ser terrível. Ainda mais para pessoas comuns, não-guerreiras, não-treinadas, civis. Crianças, velhos, doentes, mulheres como se sentem?

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Você Daria Dislike na Legião Urbana?






Apreciando música no YouTube, você daria dislike num clássico da Legião Urbana?

Pois é! No decorrer dos anos, eu mesmo ali, curtindo recordações, vi isso: jovens, adolescentes, parece-me, dando dislike no cantar de Renato Russo. "Pais e Filhos", "Será", "Vento no Litoral", "Daniel na Cova dos Leões", "Andrea Doria", músicas que, para essas novas gerações, não fazem sentido.

Obviamente, ninguém é obrigado a gostar seja lá do que for, mas acho tão estranho quando vejo alguém jovem que não consegue criar qualquer identidade com algo desse tipo.

Imagine se a pessoa ouvisse, por exemplo, rock ainda mais antigo ou música clássica!


|Autor: Webston Moura|



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domingo, 11 de agosto de 2024

Adultos e Sérios



Untitled Collage (1979) - Robert Nickle


Sérios, desconfiamos do que é simples. Somos adultos e temos algo a defender. Uma ideia, um deus, um clube de futebol. Exigimos respeito. Enquanto o tempo passa e a vida segue, nossos corpos terminando sua capacidade.

A natureza selvagem, que também morre e se transforma, não liga. Ou não parece ligar para todas essas nossas verdades. Ela é o que é, e reage ao que tem de reagir, sem subterfúgios egoístas. Só. Nós é que precisamos garantir algo, a partir de um monte de ilusões.

Veja, por exemplo, esses homens apegados a dinheiro e poder. Agem como se não fossem, um dia, morrer. E a vida é tão breve!

Mas, como dizia, somos adultos, sérios, exigimos respeito. Fôssemos, ainda, e de certo modo, crianças, estaríamos no lugar do aprendiz curioso, que é aberto à novidade e ao necessário risco, aberto à vida.


|Autor: Webston Moura|

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domingo, 4 de agosto de 2024

Querer Paz



The Low Lighthouse and Beacon Hill ((c.1820)
- John Constable


Estando-se na praia, não se vê o outro lado, o depois de todo o mar, a terra que lá há. Vê-se horizonte sobre horizonte, como se não tivesse fim. É como observar o céu, com todo o seu esplendor de estrelas, dimensão de tamanho incalculável, sugerindo mistérios.

O infinito, ou a ideia dele, nos dá paz. Porque somos parte dele e tudo está interligado. Da mesma forma, observar um rio correndo, água sobre água, sinfonia natural, também nos aquieta.

terça-feira, 30 de julho de 2024

A Imensa Constante de Tudo o Que Existe



The Muses (1893) - Maurice Denis


Sempre que eu olhar para uma pintura, verei a mesma e outra, simultaneamente. O que muda, o olhar, é a parte a que devo prestar mais atenção. Meu olhar! E se sou capaz de olhares novos, significa que sou capaz de mudar, crescendo nalguma direção.

Como sei que, inevitavelmente, mudo, posso escolher, conscientemente, para onde seguir, abrindo um flanco na obscuridade (o futuro), a partir do presente. Acertarei, errarei e até, talvez, nem conseguirei o que intente. Mas, que é a vida senão tentar?

Sempre que eu olhar para uma pintura, ela, paisagem diante de meus olhos, haverá de me ensinar algo para o que estarei atento ou distraído.

Acho que somos impostores quando não entendemos disso, da mudança. Ainda mais quando sabemos que, dentre tantas coisas que consideramos realidade, ela, a mudança, é a imensa constante de tudo o que existe. Tudo muda! Mesmo que não alcancemos a feição geral do acontecimento, do objeto, enfim, da pintura, a verdade é que existe um fogo varrendo a realidade, transformando-a noutra, o tempo inteiro, com todos nós no meio.


|Autor: Webston Moura|

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domingo, 28 de julho de 2024

Fazendo Fandango no Chopin




Pedro Nava, poeta mineiro


Em seu poema "Noturno de Chopin", o mineiro Pedro Nava (1903-1984) diz:

"Eu fico todo bestificado
enquanto as mãos brasileiras de você
fazem fandango no Chopin"

Imagens, sugestões!

Ele sugere uma mulher, a amada, suponho, tocando Chopin. Porém, com mais imaginação, pode-se pensar em algo de conotação sexual mesmo, mas isso fica por conta de quem lê.

Especialmente a parte "as mãos brasileiras de você", é o que considero um primor. Ele faz questão de dizer "brasileiras", para ressaltar alguém que executa aquela música estrangeira (Chopin era polonês), mas de modo peculiar, local, abrasileirado.

Mais adiante, ele diz: "O Chopin derretido tá maxixe", ou seja, a dama, tocando Chopin, consegue fazer da música um "maxixe", que era uma forma brasileira de se dançar, ritmo conhecido também como o tango brasileiro, criado por músicos de chorinho, lá nas antigas. Ou seja, ela, a dama, dá suingue na música europeia, recriando-a.


|Autor: Webston Moura|


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Nota do editor do blog:
* O título do post remete, obviamente, a um dos versos do poema, o qual você encontra inteiramente (aqui)


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sexta-feira, 26 de julho de 2024

A Festa da Democracia






Há uma pensamento que diz: "Se votar mudasse alguma coisa, seria proibido". É uma forma de dizer que, apesar de certa democracia, o poder e seus manipuladores conseguem empurrar os resultados para onde bem desejam, contrariando as necessidades da maioria das pessoas. Assim, pode-se dizer que esse sistema em que vivemos, ainda que não seja o pior - e não o é, de fato -, é bem ruim.

Teremos eleições para vereador e prefeito neste 2024. E nada mudou tanto na forma das disputas, nas "negociações" entre os interessados, na safadeza de parte do povo, na participação muito envolvida das mídias e por aí vai. É um momento de festa (bagunça) e de afagos (dinheiro e falsidade), além de ameaças de peia entre eleitores apaixonados.

Particularmente, só observo. E, se posso, espero que sejam eleitos os menos ruins, no mínimo. Sendo realista, é isso a dizer.

E quanto ao título "A Festa da Democracia", lembro aqui do jornalista William Bonner dizendo isso, por ocasião de coberturas de eleições que o Jornal Nacional faz. "Festa" é uma forma bem-educada de dizer, já que, como disse eu antes, é uma bagunça mesmo. Infelizmente.


Autor: Webston Moura|

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Gosto de Música, Não de Festa



Grazioso (1933) - John Ferren



Gosto de música, mas nem tanto de festa. E assim foi por toda minha vida. Excetuados alguns momentos, assim foi.

Porém, o que aqui chamo de festa, é mais o que, no comportamento do brasileiro, é festivo, certa tendência a carnavalizar as coisas, escolher por uma postura menos reflexiva, ser mais do barulho que do pensamento. E é isso que não gosto.

Agradar-me-ia se fôssemos um povo para o contrário disso, embora não totalmente. Com o tempo, claro, poderemos nos tornar diferentes. Mas, pensando nisso, imagino que, se tiver que ser, o meu tempo de vida não alcançará, dada a forma - anárquica - com que boa parte da nossa cultura se mostra, o que a impede de mudar.


|Autor: Webston Moura|

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