Novembro, penúltimo mês do ano. O tempo voou neste 2025. Tenho essa impressão. Mas gosto da ideia de fechar um ciclo e iniciar outro. E gosto também desse período de fim de ano, tempo de festas.
Sempre me lembro da infância quando o ano se vai terminando. Sou nostálgico e "piorei" muito de uns tempos pra cá. Lembro-me de coisas agradáveis, minha família ainda inteira, as pessoas passando na rua, a noite, o fervor do movimento, visitas, risos, imagens que hoje me dão a mistura de alegria e tristeza.
Sou grato pelo que me fez bem, pelo que me feriu e não me destruiu e aqui, neste relato sobre o período de fim de ano, digo ser grato, em especial, por estar aqui e ter lembranças, boas lembranças. Estou envelhecendo. É natural que eu me importe com as coisas de outra maneira.
Ao contrário de quem odeia certos clichês, lugares-comuns, eu gosto deles. Sou de alma adocicada quando a assuntos que outros, amargos e "realistas", desprezam. E ainda que a realidade geral aponte para a confusão do mundo, guardo em mim a candeia da esperança. É com ela que me sinto abraçado nesses momentos. Fico em silêncio e sinto o pulsar da vida. Ainda que triste, sou feliz. É possível, sou adulto.
|Autor: Webston Moura|
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Imagem: Depositphotos
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