Havia sonhado um poema.
Iria
construí-lo água jorrando.
Perdeu-se
debaixo de uma pá carregadeira,
entre
as notícias nervosas do jornal primeiro
e o vozerio
dos gentios ante o incerto.
Aqui,
momento bem depois,
cá
estou a deslizar o lápis no branco da angústia,
catando
palavras que digam andiroba e catuaba,
palavras
que possam domar touros e ventanias.
E tudo
o que me toma é ausência e sono.
Como
são fortes as palavras secas.
│Poema
da Série “Palavra” – Autor: Webston Moura│
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