Todas
as casas tinham mamoeiros, assim procede dizer.
E hoje
não mais os vejo; não há mais quintais.
Frágil,
um tronco que se abate fácil a golpes quaisquer.
De seus
galhos, uma flauta que um dia vi meu avô engenhar.
Suas
folhas caindo, de quando em quando, secando-se tal papel.
E sua
virilidade resistente ao vento.
Não se
pode, por frutos dispostos em supermercados,
saber da
árvore em si, que esta relação liga-se ao todo.
Há que se
colocar em marcha para algum refúgio,
onde uma
senhora de ervas e fogão a lenha,
mãe a
avó de uns tantos, tenha se dado a plantá-la.
Avistar-se-á,
é bem certo, algum pássaro colhendo o mel,
a polpa
que se pode ao fruto de entranhas amarelas
e sementes
negras, elegantes capsulas.
│Poema
da Série “Árvores” – Autor: Webston Moura│
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