Percorro os escuros da língua
em que me falo, articulações
que consigo, embora fugidias
me sejam:
pérolas de ar.
Escondo-me da língua solta,
mundo-sem-devir,
soslaio indesejado,
queda.
Percorro o corpo da mulher
que há de sempre,
e bemvindamente,
apagar-me
dentro da sua
gravidade.
(De olhos fechados, pronuncie delícia!)
Palavra: aparecer-desaparecer;
o pé descrevendo um arco na areia;
I do not know por sempre.
│Autor: Webston Moura │
Gostei. E muito! Abraços.
ResponderExcluirGrato, Pedro! Abraços!
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