Não
nascemos para o massacre.
Não é
aí que reside a centelha forte.
O livro
dos livros
destes senhores
que erguem estas torres
(pedra
imensa alteada)
não pode
ser lido sob esse (signo) deserto.
O chão
antigo dos dias sob o sol,
mais além
do altar dos cordeiros
e dos
primogênitos
é habitação
das heras e dos sândalos,
do
trigo e da erva-sem-nome ─
essa a
que o homem dará cultivo:
com
elas ervará os ares
odorados
do sangue incendiado
que
sobe ao deus
(decrépito
signo deserto)
dos senhores
que erguem torres
contra
os céus das manhãs.
.................................
# Poema constante de "Aridez lavrada pela carne disto" (Confraria do Vento, 2015)
│Autor: Dércio Braúna │
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