Existo
dentro destas coisas que se acabam.
Como a
erva rasa à beira do caminho,
testemunho
o ofício do tempo
arrastado
nas sandálias dos humildes ─
esses
que, mais adiante,
não
tornarão a estar;
tornarão
a ser o pó
nas
gastadas sandálias
de seus
filhos ─
porque
só existimos dentro destas coisas
que se
acabam
(qual
deus,
nesta carne
que sou,
que se acaba).
que se acaba).
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# Poema constante de "Aridez lavrada pela carne disto" (Confraria do Vento, 2015)
# Dércio Braúna, poeta, contista e historiador, é também editor de Kaya [revista de atitudes literárias] - http://kayarevistaliteraria.blogspot.com.br/. Seu site é este: http://www.derciobrauna.com/.
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Excelente, como sempre, o trabalho poético do Braúna. Parabéns. Abraços.
ResponderExcluirGrato, Pedro! Abraços!
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