Eu nada tenho a ver com os homens
que
versam solilóquios de fins-de-mundo.
Correm
as águas mansas, é madrugada.
O
riacho é a maturação de uma calma adquirida.
Em seu
cerne, as vidas de seres
que
falam as suas próprias línguas
e
exibem noites em seus corpos.
Seus
olhos são líquidos
e suas
escamas cintilam.
Correm
as águas numa imaginada
tela de
Marc Chagall.
Nela,
sonha-se um andarilho que diz
ter
sido navegante de viagens agradáveis.
Resta
o carcomido casco de um barco,
agora moradia
de esmeraldas fluídas.
Em redor... árvores.
│Autor: Webston Moura │
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