Vazia a
praça,
as
águas falavam.
Uma
praça azul:
líquida
e fêmea.
Como
quem,
depois
de dez anos,
retorna
de alguma península esquecida,
perdia-me
no ir e vir, volteando ─
ladrilho,
ladrilho, chiclete, ladrilho,
ladrilho,
moeda, ladrilho... A torre!
A
igreja, a mesma;
sua
pintura, não.
Do
outro lado da rua,
um bebê
e uma mãe,
os dois
em remanso.
Ladrilho,
água, ladrilho, água.
Gosto
de estar, depois de dez anos,
volteando
a música licorosa na carne,
passado
e presente, domingo e vazio.
Vazia a
praça, porque para mim:
marujo
e azul, domingo e vazio.
Vazia a
praça
depois
de dez anos,
ladrilho
e chiclete,
licor e
península.
│Autor: Webston Moura │
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