Há um
barco vazio na praia,
com um
vestido branco e azul dentro.
Nenhum
objeto mais ou indício de haver gente viva se acha.
Dão-se
os homens em investigações,
suposições,
palpites e até invenções.
Querem
a verdade do que teria havido,
mas
nada de oficial sobre sumiços e naufrágios se noticia.
Correrão
dias e dias, lendas surgirão de cada canto.
Deseja-se
dar sentido a um vestido branco e azul,
peça
que algum dia, deduz-se, vestiu a moça sem nome.
Envelhecerão
todos sempre a lembrar
de como
incomoda este dia, este barco
e o
vestido vazio, tempo descolado da linha.
Inquieta
a vida correndo invisível e obscura no tempo,
o rosto
e a história da moça sem nome vestida de branco e azul.
│Poema
da Série “Tempo e Vida” – Autor: Webston Moura│
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