“Tudo isto para brilhar um instante,
apenas, para ser lançado ao vento,
— por fidelidade à obscura semente,
ao que vem, na rotação da eternidade.”
apenas, para ser lançado ao vento,
— por fidelidade à obscura semente,
ao que vem, na rotação da eternidade.”
- Cecília Meireles, em “Primavera”
Nada
que não seja isto:
diante dos
girassóis,
encher-me
de amarelos,
com o
horizonte ao fundo,
o azul
em que dança
a imagem de um pássaro
a imagem de um pássaro
que,
por
longe,
não
diviso.
Nada
que não seja isto:
abrir o
livro da tarde
(em
verdade, abrir-me),
para receber
a luz
que do
pássaro aos girassóis
a tudo repleta
e aviva.
Nada
que não seja estar
com estas
inflorescências.
Longe de toda insalubridade,
poder voltar ao sopro.
│Autor: Webston Moura │
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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