luas
praias de querer
ao longo dos meus braços
afastados pelo coral das rochas
duas
*
uma menina chupando
um rebuçado
descalça
de ter sol nos olhos
*
alguém chora o sentir
do mar
nos flancos das corças
e dos barcos
*
duas
as vezes que conto
pelos dedos
- sol e água
espelhos verticais
no sentir das margens
nevoeiro de noites
nuas
............................
* Poema constante de ESPELHO INICIAL (1960) e POESIA REUNIDA (D. Quixote, 2009)
* Post originalmente publicado na página Quem lê Sophia de Mello Breyner Andresen - clique (AQUI).
│Autor: Maria Teresa Horta│
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