Não sabe da jarra que falta,
só de
seu pacífico lugar.
Alguém
a roubou?
Todas as
investigações chegaram a nada.
O que
possui é a mesa vazia, a marca do fundo,
a sombra
agigantada de uma voz muda.
Quando
relampeja, luzes apagadas, quase a vê, mas é ilusão.
Comprasse
outra, resolvido o problema. Mas, não!
Adquirir
um gosto pela busca, sabendo do perdido, é também aventura
e, de certa forma,
posse.
Se há
quem ame carrancas, por que não amar uma ausência?
│Poema
da Série “Objetos Perdidos” – Autor: Webston Moura│
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