O Retrato de Dorian Gray nunca lido.
E, por
algum motivo, sempre este encontro desmarcado.
Os anos
se passando, o livro fechado, oculto em seu silêncio.
Por
algum motivo, o livro pairando, suas palavras guardadas.
Ora,
mas que motivo é este?!
A cada
dia, a cada mês, a cada ano, o livro nunca lido
desaparecendo,
virgem desta vontade que não o alcança,
destes
olhos que não o perscrutam,
sempre.
sempre.
Objeto tocado,
mas perdido, posto que não viajado entranhas adentro.
│Poema
da Série “Objetos Perdidos” – Autor: Webston Moura│
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