não eu apenas mas a própria
viagem
─
Manuel Alegre, Canção Primeira
Em
cada poema, estranho que o seja,
água
suspensa no ar, cascata em queda,
só,
uma
pessoa habita a própria voz,
exercita
sua presença, ainda que em não,
no mundo.
E
é sua inteira passagem, o que é dizer sua vida,
a comunhão com outras vidas, todas imersas nesta dança:
a
sobrevivente escrita que se possa ter
─ contra o esquecimento.
│Poema
da Série “Sob Inspiração de Manuel Alegre” – Autor: Webston Moura│
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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