segunda-feira, 22 de abril de 2024

Miragem



Paisagem marítima (1921) - Max Ernst



Aonde minha voz não habita,
paragem além de todos os confins.

Vês o calcário seco deste olho cego?
Foi detalhe do rosto de alguém
que, como Tu, sonhou.

Não diga de um barco branco vindo,
manso e altivo, em nossa direção.
É miragem que tua solidão cria.



|Autor: Webston Moura|

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Webston Moura
, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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