Lembrava-se,
especialmente, de um relógio.
Não
que, por valor de dinheiro ou similares, tivesse valia,
mas,
sim, por sentimento: presente de pai.
Entre
aquelas duas estações de trem, onde o perdera,
haveria
de voltar e percorrer o caminho, passo
devagar,
sem, de
fato, encontrar vestígio do objeto.
Deu-se
a isso, anos e anos,
como um
peregrino anônimo de um caminhar secreto.
│Poema da Série “Objetos Perdidos” – Autor: Webston Moura│
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