A
notícia suja meus olhos.
O
volume, a reverberação,
a comoção,
unanime e planejada,
o todos
juntos, quer no ódio ou no amor,
tudo
isso é política e propaganda.
Quero a
leveza, a suave tatibilidade,
o olho
que olha e vê, sem espasmos,
o
beijo, a brisa, a lua lenta, quero-os.
E,
assim, como se vai devagar um barco,
quero-me
invisível ao horror geral,
à cena,
ao espetáculo do presente,
ao tumulto
de opinar e sofrer impugnação.
Desejo
rever relâmpagos;
ter meus
olhos de volta.
Desejo
acordar do viva-voz,
da excelência
tech que me priva
de sentir
a minha carne.
│Autor: Webston Moura│
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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