Transitório no agora,
atravesso os dias.
Atrás, a poeira
do que não mais será.
Desbota-se a cor,
o rio passa.
Chegam os dias de cansaço
e de sóis mais preguiçosos.
Durmo.
Abro a janela,
o mundo mudou.
Não posso correr,
não sou mais a criança desimpedida
que fui.
Silencio.
Vejo a rua
e os que nela acontecem.
Carregam nomes e projetos,
mas não imaginam que os observo
e não sabem o que penso.
Estamos juntos, embora não.
A vida,
esta teia de luzes e soturnos,
desafia-me a caminhar,
e, na forja da alma, a fabricar,
outra vez, a esperança.
|Autor: Webston Moura|
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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