Sempre que eu olhar para uma pintura, verei a mesma e outra, simultaneamente. O que muda, o olhar, é a parte a que devo prestar mais atenção. Meu olhar! E se sou capaz de olhares novos, significa que sou capaz de mudar, crescendo nalguma direção.
Como sei que, inevitavelmente, mudo, posso escolher, conscientemente, para onde seguir, abrindo um flanco na obscuridade (o futuro), a partir do presente. Acertarei, errarei e até, talvez, nem conseguirei o que intente. Mas, que é a vida senão tentar?
Sempre que eu olhar para uma pintura, ela, paisagem diante de meus olhos, haverá de me ensinar algo para o que estarei atento ou distraído.
Acho que somos impostores quando não entendemos disso, da mudança. Ainda mais quando sabemos que, dentre tantas coisas que consideramos realidade, ela, a mudança, é a imensa constante de tudo o que existe. Tudo muda! Mesmo que não alcancemos a feição geral do acontecimento, do objeto, enfim, da pintura, a verdade é que existe um fogo varrendo a realidade, transformando-a noutra, o tempo inteiro, com todos nós no meio.
|Autor: Webston Moura|
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Araibu e Só Um Transeunte.
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