Novamente,
busco no bolso o papel:
a rua
está certa; o número, idem.
Devagar,
aproximo-me da porta,
uma porta
antiga, mas ainda forte.
Hesito.
Respiro.
Três
toques. Espera.
Quem
abre, uma menina.
Meus olhos
naqueles,
o mesmo
lábio torto do lado direito,
a
textura dos cabelos,
o
andar,
um sinal outro semelhante.
─ Pois
não!
Uma
lágrima a seus pés,
minha,
a voz
embargada.
(Será
que ainda caibo nesta crescida vida?)
|Autor: Webston Moura|
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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