O
incendiário
vos
convida
a apagar
o fogo.
Não fui
eu!
Não me
culpe da cobra que te morde,
da febre
que te consome e te argumenta,
do x
que não se revela na tua equação.
Não me
queira (aziago) anunciando
a vitória
futura sobre os inimigos da tua lavra.
Não me
esfregue ao nariz a centésima teoria
de como
melhorar o dia, o café, a economia.
Não me
chame para assinar o manifesto
de ser bom e funcionar mediante a tua regra
de ouro.
Não
chore, não grite, não se iluda!
Não
tente atear ódio aos rios!
Não
ouse, entredentes, Mercedes Sosa!
Não
cante Let it be como se náusea fosse.
Diria um
profeta, se profecia isto se dissesse:
Ah, vai tomar
banho!
Recua
tua língua da minha calçada,
da
minha varanda, da minha reza!
│Autor: Webston Moura │
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