Indicativo
do presente,
um samba
desafinado,
um amor
desacatado.
Nosso
país é um labirinto:
impossível
a porta.
Para um
mesmo dia,
acordamos.
Nas
ruas, o temor;
nada é
seguro.
Temos
medo da criança
que se
aproxima e estende os olhos
(será que está armada?)
Contamos
os corpos,
as contas,
as frustrações,
as
doses no bar, as cores desvairadas
com que
nutrimos a incógnita Brasil.
E isto nos
habita, insuportavelmente,
como um
louco habita um porão,
segregado
da saúde dos homens de bem.
Nosso
país:
paternidade
avessa que nos faz órfãos.
│Autor: Webston Moura│
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