Desconfio
da tua isenção
─ os tempos
são duros,
o mundo
é múltiplo-caótico
(como
sempre).
Atenha-se,
módico amigo,
a pensar
um pouco!
Há vida,
para além da tua bandeira
(teu
fígado falante e assoberbado).
Ontem,
éramos mais que essa trincheira
estendida
por sobre as nossas palavras,
os
nossos atos e as nossas esperanças.
Hoje,
malquistos mutuamente,
espreitamos,
cismados, atrás de muros,
e somos
menos, exceto em agonia.
Repara
que o teu incêndio parte das tuas mãos.
São
tuas palavras, empreiteiras de mundos,
os frutos
que fabricas contra ti e contra tudo.
Queres
guerras?
Quero
leveza.
Não me
resolvo em trânsitos de não-se-chegar
a lugar algum.
E estou
sempre em voo.
│Autor: Webston Moura │
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