Fala-se
de amor.
A
canção popular se gasta nisso.
A
custo,
léguas
depois,
oceanos
de cegueiras depois,
já na
clareira conseguida,
começamos
a amar.
É que
já abrimos a mão
e a
fizemos asa.
É lá,
oculto céu,
o lugar
onde o amor não sabe o medo.
Por isso,
asa e voo, o amor;
medo, não.
(É o
que diz a canção)
Fiquei
mudo ao lhe conhecer
O que
vi foi demais, vazou
Por toda
selva do meu ser
Nada ficou
intacto
─
Djavan, “Boa Noite”
│Autor: Webston Moura│
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