Quem frequenta esta varanda
montada em sonhos?
Ainda não! ─ digo
ao por-do-sol,
lenta amorosidade
que me toma,
para
que se demore mais ao coração.
A
Terra, noutros lugares, amanhece,
mas aqui
não logro medir tempos;
quero a
duração da natureza,
este
seu fenômeno dito pousar a luz,
adentrar
a noite e deixar subir ao chão do mundo
os
olhos perspicazes de outros seres.
Mas,
ainda não, que desejo
estar no
talvez, na imprecisão,
no
reflexo áureo-fugidio da luz na água.
Queira-me
assim, impensante.
A vida
é bela,
uma canção
de olhos fechados,
Gal
Costa passeando voz na amplidão.
│Autor: Webston Moura │
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