Na nudez do ambiente,
apenas uma,
completamente só,
para que a vejamos:
sandália.
De plástico, saiba-se,
e já sem a coloração de origem.
Sua palidez,
sua beleza corroída,
pouso de moscas,
sua falta de esperança,
seu sorriso de mofo,
tédio em que se deitam os olhos
que por ela passam,
sem intenção de namoro.
O pé de seu enlace
já não o é.
O sol a levará,
como à lavoura
e aos nossos rostos,
agora alegres e distraídos.
E ninguém pensará nela,
como não pensa em Persépolis
ou na música de Anibal Troilo.
|Autor: Webston Moura|
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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