terça-feira, 14 de janeiro de 2020

O relógio perdido


Lembrava-se, especialmente, de um relógio.
Não que, por valor de dinheiro ou similares, tivesse valia,
mas, sim, por sentimento: presente de pai.

Entre aquelas duas estações de trem, onde o perdera,
haveria de voltar e percorrer o caminho,  passo devagar,
sem, de fato, encontrar vestígio do objeto.
Deu-se a isso, anos e anos,
como um peregrino anônimo de um caminhar secreto.


│Poema da Série “Objetos Perdidos” – Autor: Webston Moura│

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