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quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Qual O Nome Dela Mesmo?


Portrait of aWoman




É São Jorge, diriam alguns,
como o que se diz olhando a Lua.
Outros diriam ser uma nuvem,
cavalos num prado, cães num quintal.

Olho a vidraça, perco tempo,
gasto quinze minutos,
o relógio me diz.
O guarda me crispa um olhar sério,
imagina, talvez, algo errado.
No entanto, desiste de me abordar.

A mancha na vidraça me toma.
Na verdade, o que restou de um (suposto) reflexo:
por dentro, se é que não me engano,
um rosto, um sorriso, um aceno.

Qual o nome dela mesmo?



|Poema de Série "Incidentes" - Autor: Webston Moura



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Numa Língua Sem Vício


Vele nel Porto (1923) - Carlo Carra


Um caminho, construí-lo,
viajar: abrir um livro,
mar a se descobrir,
como o mar mesmo,
que, da praia, só se sabe
do que é iluminado e
inocente, quase inofensivo.

Mar, monossílabo,
avante viagem,
saber-se dele marujo,
moço ou não,
salgar-se na água volumosa,
páginas de imensidão verde
ou azul.

Deparar-se com as algas
e as baleias,
experimentar a pronúncia delicada
de sargaço, sar-ga-ço.
Ou sonhar sereia, se noite é.

Fim de tarde.
Um pequeno barco,
em água calma,
vai devagar,
supõe diálogo
numa língua sem vício,
sua língua que o mar e meus olhos
lambem.

Livro.



|Poema da Série "Mar" - Autor: Webston Moura|



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Os Restos de Uma Manhã


Street in Sófia (1939) - Nikola Tanev



Há os restos de uma manhã
dependurados na memória,
esta que agora esquece nomes
e o leite fervendo no fogão.
Há esta manhã, aquela, diga-se melhor,
que me veio e nunca se foi, nunca se fez
depois.

A luz caída leve,
ar de carinho à pele,
manhã de pessoas
que não mais existem,
negócios encerrados,
destinos cumpridos,
casamentos e rixas
              sepultados,
encontros e desencontros
acontecidos
para bem ou para mal.

Daquela janela
não se verá mais a moça,
seu olhar curioso
e sorriso tímido.

Ainda que a rua persista,
nada mais há, daquilo nada,
exceto a memória vagando,
vagando....



|Autor: Webston Moura|


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Tudo


People and Things - Stanley Pinker




Tudo.

O que não deixa dúvida
ou farpa, um cabelo solto,
nem resto de coisa alguma,
um olho sequer detrás da porta,
grãos de bolo no prato,
nenhum quase balançando
à sombra da desconfiança.

O que nunca se alcança,
se pode ou se mensura,
mas se sabe existir
em isto, aquilo e além,
Saaras de Saaras e sombras
soltas na escuridão do Universo.



|Autor: Webston Moura|

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