É São Jorge, diriam alguns,
como o que se diz olhando a Lua.
Outros diriam ser uma nuvem,
cavalos num prado, cães num quintal.
Olho a vidraça, perco tempo,
gasto quinze minutos,
o relógio me diz.
O guarda me crispa um olhar sério,
imagina, talvez, algo errado.
No entanto, desiste de me abordar.
A mancha na vidraça me toma.
Na verdade, o que restou de um (suposto) reflexo:
por dentro, se é que não me engano,
um rosto, um sorriso, um aceno.
Qual o nome dela mesmo?
|Poema de Série "Incidentes" - Autor: Webston Moura
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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