Ali,
onde a brisa bate,
sem molhar os pés,
parar.
Sentar-se, sem mais nem
menos,
contido,
em silêncio.
Observar a dobra das pequenas vagas
quando perdem, no fim, a força:
a água retornando ao todo,
espumas de pouca violência.
E deixar,
cessar o furor pessoal,
pouco a pouco
— devagar, o barco se arrasta,
sua mansa viagem nada fere —,
como se escorrega-se para a amplidão,
esse quase-azul derreando-se ao lilás,
a cidade quieta, atrás.
Cessar de pertencer ao
tempo que se mede em
pulsação de relógio.
Ser (como) a laranja
no pé, sua pele em línguas secretas
com o vento e o sereno.
|Autor: Webston Moura|
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