Ponto:
diminuta coisa
em que se pensar.
Uma nódoa,
sal, seu grão,
cisco no vento.
Um nome que se foi,
silabas desfeitas na acidez do tempo.
Tempo.
Longe, o cais em que um adeus se pôs
- sol ao fundo, crepúsculo -
e nunca se decompôs.
Um nome,
restos de um,
madeira corroída
pela intempérie,
a sombra de alguém,
ausência,
canção no inverno.
Ponto:
retrato que se apaga,
novilha perdida na mata,
carta extraviada,
lágrima.
|Autor: Webston Moura|
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Araibu e Só Um Transeunte.
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