"Hamlet é o personagem fundador da modernidade, dono de seu destino, ele é o primeiro personagem que vive “O Príncipe”, de Maquiavel, tem a crença no poder do eu e na glória. É dele, e de mais ninguém, o poder de se proclamar e a decisão de não se matar. Ele é, sobretudo, um grande crítico da retórica da etiqueta, dos personagens que interpretam o tempo todo e que sempre dizem apenas o que deve ser dito. Segundo o historiador Leandro Karnal, o personagem era um grande crítico da sociedade contemporânea. Hamlet é melancólico, tem uma consciência brutal e quem tem consciência brutal não sorri nem compartilha sua vida medíocre o tempo todo. Ele é o anti-facebook”, disse o historiador .Segundo o historiador, somos cada vez mais solitários porque temos cada vez mais dificuldade em estabelecer algo significativo com o mundo. Na peça de Shakespeare, o príncipe se questiona o tempo todo. O que Hamlet nos diz é: só interpretamos cenas, etiquetas e formalidades porque não aguentamos saber que todos fazem parte de um teatro. Hamlet, lembrou o palestrante, não governou seu reino, ele foi o primeiro homem livre, o primeiro homem moderno. E pagou um preço altíssimo por isso."
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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