segunda-feira, 19 de setembro de 2022

O Caderno Livre - um bloguinho à moda antiga




O Caderno Livre - um bloguinho à moda antiga



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quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Qual O Nome Dela Mesmo?


Portrait of aWoman




É São Jorge, diriam alguns,
como o que se diz olhando a Lua.
Outros diriam ser uma nuvem,
cavalos num prado, cães num quintal.

Olho a vidraça, perco tempo,
gasto quinze minutos,
o relógio me diz.
O guarda me crispa um olhar sério,
imagina, talvez, algo errado.
No entanto, desiste de me abordar.

A mancha na vidraça me toma.
Na verdade, o que restou de um (suposto) reflexo:
por dentro, se é que não me engano,
um rosto, um sorriso, um aceno.

Qual o nome dela mesmo?



|Poema de Série "Incidentes" - Autor: Webston Moura



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Webston Moura
, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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Numa Língua Sem Vício


Vele nel Porto (1923) - Carlo Carra


Um caminho, construí-lo,
viajar: abrir um livro,
mar a se descobrir,
como o mar mesmo,
que, da praia, só se sabe
do que é iluminado e
inocente, quase inofensivo.

Mar, monossílabo,
avante viagem,
saber-se dele marujo,
moço ou não,
salgar-se na água volumosa,
páginas de imensidão verde
ou azul.

Deparar-se com as algas
e as baleias,
experimentar a pronúncia delicada
de sargaço, sar-ga-ço.
Ou sonhar sereia, se noite é.

Fim de tarde.
Um pequeno barco,
em água calma,
vai devagar,
supõe diálogo
numa língua sem vício,
sua língua que o mar e meus olhos
lambem.

Livro.



|Poema da Série "Mar" - Autor: Webston Moura|



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Os Restos de Uma Manhã


Street in Sófia (1939) - Nikola Tanev



Há os restos de uma manhã
dependurados na memória,
esta que agora esquece nomes
e o leite fervendo no fogão.
Há esta manhã, aquela, diga-se melhor,
que me veio e nunca se foi, nunca se fez
depois.

A luz caída leve,
ar de carinho à pele,
manhã de pessoas
que não mais existem,
negócios encerrados,
destinos cumpridos,
casamentos e rixas
              sepultados,
encontros e desencontros
acontecidos
para bem ou para mal.

Daquela janela
não se verá mais a moça,
seu olhar curioso
e sorriso tímido.

Ainda que a rua persista,
nada mais há, daquilo nada,
exceto a memória vagando,
vagando....



|Autor: Webston Moura|


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Tudo


People and Things - Stanley Pinker




Tudo.

O que não deixa dúvida
ou farpa, um cabelo solto,
nem resto de coisa alguma,
um olho sequer detrás da porta,
grãos de bolo no prato,
nenhum quase balançando
à sombra da desconfiança.

O que nunca se alcança,
se pode ou se mensura,
mas se sabe existir
em isto, aquilo e além,
Saaras de Saaras e sombras
soltas na escuridão do Universo.



|Autor: Webston Moura|

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terça-feira, 13 de setembro de 2022

Livro de correspondências inéditas entre o poeta Jorge de Lima e o crítico literário Alceu Amoroso Lima é lançado na ABL




Academia Brasileira de Letras realizou o lançamento do livro "Jorge de Lima e Alceu Amoroso Lima - Correspondências" na quinta-feira, 11 de agosto, às 18h30, no Petit Trianon. A obra, da editora Francisco Alves, é a primeira reunião em livros de cartas do poeta alagoano Jorge de Lima, conhecido por ter transitado em diversas correntes literárias. A organização ficou a cargo do professor de Literatura, Leandro Garcia Rodrigues, que possui uma tese de doutorado sobre o assunto.

A correspondência inédita entre Jorge de Lima e o crítico literário Alceu Amoroso Lima aborda temas como literatura, política, religião, pessoas e a amizade entre o poeta e o intelectual. Diversos escritores, como Mário de Andrade, Graciliano Ramos, Murilo Mendes, José Lins do Rego, Aluísio Branco, entre outros, são retratados no livro. No centenário do modernismo, as cartas ajudam a reavaliar a modernidade brasileira e suas complexidades, especialmente a contribuição da vasta obra de Jorge de Lima e a avaliação crítica feita por Alceu Amoroso Lima.

Jorge de Lima



Jorge de Lima

No jornal do colégio, Jorge de Lima já escrevia poemas. Em 1909, ingressou no curso de medicina em Salvador, porém, foi no Rio de Janeiro que ele terminou a graduação. Trabalhou na área de formação, mas paralelamente foi aprofundando-se na literatura. Dedicou-se também às artes plásticas (pintura de telas, fotomontagens e colagens) como autodidata, participando de algumas exposições.