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sábado, 6 de abril de 2024

Ação humana transformou 89% da Caatinga


Biólogos concluem que restam 11% da vegetação nativa típica do Nordeste

Desmatamento e queimada eliminam a vegetação nativa
e facilitam a ocupação humana
(
Embrapa Semiárido)


Carlos Fioravanti | Revista Pesquisa FAPESP - Edição 335 - jan. 2024

A expansão da agricultura, da pecuária e do desmatamento tem causado mudanças drásticas na Caatinga. As áreas agrícolas e pastagens abandonadas ou em uso cobrem 89% desse bioma, único inteiramente brasileiro, que se espalha por 10 estados do Nordeste e Sudeste. Restam apenas 11% da área coberta pela vegetação típica do Nordeste, em comparação com a que deve ter existido, sob as mesmas condições de clima e solo, antes da ocupação humana, de acordo com análises de biólogos das universidades federais da Paraíba (UFPB) e de Pernambuco (UFPE) publicadas em outubro na revista Scientific Reports.

“A Caatinga resiste ao clima e a temperaturas mais altas, mas não à mão do homem”, observa o biólogo da UFPB Helder Araujo, principal autor do estudo. Com seus colegas, ele refez a área de florestas e de vegetação arbustiva da Caatinga por meio de um método chamado modelagem de distribuição potencial de espécies, com indicadores como aves de florestas atuais e mamíferos herbívoros que viveram no atual Nordeste há milhares de anos.

Em seguida, os pesquisadores acrescentaram informações sobre a cobertura vegetal atual da Caatinga, publicadas pela organização não governamental MapBiomas, o clima, da plataforma WorldClim, e as modificações humanas na região apresentadas na revista Scientific Data em agosto de 2016. A análise das transformações em 12.976 hexágonos com 5 quilômetros quadrados (km²) cada um evidenciou as áreas que permaneceram cobertas por floresta e as que foram ocupadas por uma vegetação de menor porte. “A maior parte da área potencialmente ocupada por floresta hoje é tomada por arbustos”, observa Araujo.

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Musgos são grandes sumidouros de carbono


Com extensão quase igual à da China, área de solo coberta pelo vegetal retira da atmosfera 6,43 bilhões de toneladas do gás por ano


Os musgos foram uma das primeiras plantas a conquistar
o ambiente terrestre, há quase 500 milhões de anos
Lyou Yin/Wikimedia Commons


por: Guilherme Eler | edição 329 - julho de 2023 | Revista Pesquisa FAPESP


Solos cobertos por musgos absorvem da atmosfera anualmente 6,43 bilhões de toneladas de carbono a mais do que ambientes terrestres não revestidos por esse tipo de vegetação. O valor, calculado por um estudo internacional publicado em maio na revista científica Nature Geoscience, equivale a mais de seis anos de todas as emissões globais de carbono associadas a mudanças no uso da terra, como a transformação de trechos de florestas em áreas agrícolas ou de pastagens. Como todos os vegetais, os musgos captam, por meio da fotossíntese, dióxido de carbono (CO2) e contribuem para diminuir o nível desse gás na atmosfera, principal responsável pelo aumento do efeito estufa, que provoca o aquecimento do clima global.

O trabalho, que contou com a participação de pesquisadores radicados no Brasil, também calculou a área do planeta ocupada por esse tipo de vegetação: 9,4 milhões de quilômetros quadrados (km²), território quase igual ao da China. Essa extensão foi projetada a partir da coleta de amostras de musgos de 123 ecossistemas de todos os continentes.

Ao contrário das chamadas plantas vasculares (árvores, arbustos, ervas e samambaias), os musgos são um tipo de vegetal, do grupo das briófitas, que não apresentam reforço de lignina em sua parede celular. Por isso, eles não dispõem de partes lenhosas, rígidas. Os musgos foram uma das primeiras plantas a conquistar o ambiente terrestre, há quase 500 milhões de anos. São especialmente importantes nos lugares onde as plantas vasculares não sobrevivem e podem forrar o chão de florestas e campos, além de crescer no tronco de árvores e rochas. Hoje abrangem pelo menos 12 mil espécies vegetais, espalhadas por todos os continentes.

domingo, 19 de novembro de 2023

Sítios arqueológicos brasileiros on-line



Inscrições rupestres de cerca de 6 mil anos em Pedra do Ingá, na Paraíba
Claudio JJ / Wikimedia commons


Pesquisa FAPESP - Edição 332 | Outubro de 2023


Sabe qual o sítio arqueológico mais antigo do Brasil? E o mais próximo da sua casa? Essas informações estão disponíveis no site do projeto Brazilian Radiocarbon Database. Construído pela equipe do arqueólogo Lucas Bueno, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o site reúne 3.769 datações de 1.249 sítios arqueológicos brasileiros registrados no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA). No ar desde 2021, permite aos usuários colaborar para a atualização das informações. Bueno e seus colegas completaram os registros do CNSA com informações de 459 documentos (artigos científicos, teses e dissertações) sobre a localização dos sítios e a idade de materiais neles encontrados. Um mapa interativo permite acessar informações de cada sítio, com o número de datações realizadas e datas mais antigas e mais recentes. As mais longínquas são dos sítios Abrigo do Morro Furado, na Bahia, e Boqueirão da Pedra Furada, no Piauí, ambos com cerca de 40 mil anos. “Uma rápida comparação entre a quantidade de sítios para os quais conseguimos, até o momento, reunir dados sobre datações radiocarbônicas e a quantidade de sítios registrados hoje no CNSA, dá uma dimensão do que precisa ser feito”, afirmam os autores em um artigo científico no qual descrevem o projeto (Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, 2023).


Este texto foi originalmente publicado por pesquisa FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.



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Webston Moura
, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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terça-feira, 7 de novembro de 2023

Historiador dos números



Ubiratan D’Ambrosio ampliou o alcance do ensino da matemática
por meio do diálogo com contextos culturais diversos


Ubiratan D’Ambrosio durante evento no auditório do Instituto de Filosofia
e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp, em 2007
Imagem: 
Antonio Scarpinetti - SEC - Unicamp


por: Christina Queiroz, em 19 de maio de 2021

Teórico da educação matemática e pioneiro na área da etnomatemática, campo de estudos que analisa a aplicação do conhecimento matemático em diferentes universos culturais, Ubiratan D’Ambrosio morreu no dia 12 de maio, aos 88 anos, em São Paulo. Era professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e docente do Programa de Pós-graduação em Educação Matemática do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Rio Claro. Deixa a mulher, Maria José, um filho, quatro netas e duas bisnetas.

Paulistano, D’Ambrosio graduou-se em matemática pela Universidade de São Paulo (USP) em 1955. Defendeu o doutorado em matemática pura, em 1963, na mesma universidade. Também foi professor na Escola de Engenharia de São Carlos, na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) e na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro. Ao longo de sua trajetória profissional, lecionou no Programa de História da Ciência da PUC-SP, no Programa de Pós-graduação da Faculdade de Educação da USP e foi professor visitante no Programa Sênior da Universidade Regional de Blumenau (Furb).

domingo, 24 de setembro de 2023

Heide Hackmann: Conhecimento unificado

Organizações de ciências naturais e sociais se reúnem em conselho internacional para fomentar pesquisas transdisciplinares


Hackmann: intenção de ampliar a articulação entre
a produção científica e a elaboração de políticas públicas
Léo Ramos Chaves


|Matéria de Christina Serra, edição de 280 - junho de 2019|

Criado em julho de 2018, o International Science Council (ISC) é uma organização não governamental com sede em Paris, na França, que nasceu da fusão entre um conselho voltado às ciências naturais, o International Council for Science (ICSU), e outro dedicado às ciências sociais, o International Social Science Council (ISSC). Em entrevista à Pesquisa FAPESP, a CEO do ISC, a sul-africana Heide Hackmann, doutora em ciência e tecnologia pela Universidade de Twente, na Holanda, conta que a união das organizações visa fomentar pesquisas transdisciplinares em áreas como desenvolvimento sustentável e tecnologias digitais, além de ampliar a articulação entre o conhecimento científico e a formulação de políticas públicas. Hackmann esteve em São Paulo em maio para participar da reunião do Global Research Council (GRC), um encontro anual de agências de fomento de todo o mundo.

Por que os dois conselhos se fundiram?
O ICSU existia desde 1931. O ISSC, desde 1952. Ao unir as culturas das ciências naturais e sociais, o novo conselho pretende incentivar a busca por soluções integradas e inovadoras para desafios globais. Também queremos atuar como porta-voz da ciência no mundo. Representamos cerca de 40 associações científicas internacionais, além de 140 organizações nacionais, incluindo sindicatos, conselhos acadêmicos e de pesquisa. No Brasil, a Academia Brasileira de Ciências [ABC] e a Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais [Anpocs] fazem parte da nossa rede. A socióloga política Elisa Reis, professora titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é vice-presidente do conselho.

sábado, 23 de setembro de 2023

Formigas com nomes de mulheres


Formiga operária do gênero Hylomyrma cuidando de prole

Philipp Hönle / AntWiki


“Tomei muita coisa das formigas quando era pequena, e agora, que eu queria tanto poder revê-las, não encontro uma”, escreveu Clarice Lispector (1920-1977) em uma crônica no Jornal do Brasil em 4 de março de 1970. Agora, dois biólogos da Universidade de São Paulo (USP) nomearam uma formiga em sua homenagem, Hylomyrma lispectorae. Em um estudo de 136 páginas, Mônica Ulysséa e Carlos Brandão fizeram uma revisão taxonômica do gênero Hylomyrma, grupo de formigas encontradas do México à Argentina, e ampliaram para 30 o número de espécies ao descreverem 14 novas, entre elas H. lispectorae, a partir de um exemplar coletado no Equador (Zootaxa, outubro). Outras mulheres homenageadas foram a guerreira negra Dandara dos Palmares (?-1694); a vereadora Marielle Franco (1979-2018); a jogadora de futebol Miraildes Maciel Mota, mais conhecida como Formiga; e a poeta boliviana Adela Zamudio (1854-1928).

Este texto foi originalmente publicado por pesquisa FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.




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Webston Moura
, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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quarta-feira, 28 de junho de 2023

As viagens das tartarugas marinhas


Genética ajuda a delimitar populações de espécie ameaçada de extinção



|por: Maria Guimarães

São animais discretos na água e em terra parecem vulneráveis demais, quando se arrastam pela areia em busca de onde depositar os ovos. No mar, as tartarugas-de-pente estão em casa e, deslizando debaixo d’água, podem migrar de uma área de reprodução nas ilhas Seychelles, no oceano Índico, para alimentar-se no Atlântico, na região de Fernando de Noronha. São pontos com latitudes muito próximas, mas para chegar de um a outro é preciso contornar a África, o que elas parecem fazer quase como se fossem do quarto à cozinha, mesmo que raramente. A geneticista Sarah Vargas, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), quer entender melhor esses trajetos, em parte para indicar áreas que possam ajudar a evitar a extinção da espécie, considerada criticamente ameaçada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). O trabalho da pesquisadora já trouxe uma boa notícia: essas tartarugas, famosas por desovar no lugar onde nasceram, parecem ter alguma flexibilidade em suas rotas, de acordo com artigo que será destacado na capa de uma das próximas edições da revista Journal of Heredity.

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Invasões caribenhas


Estudos reforçam hipótese de que o mar da América Central inundou trechos da Amazônia ocidental entre 23 e 10 milhões de anos atrás

Desenho feito em meados do século XIX do boto-cor-de-rosa da Amazônia, mamífero aquático cujos ancestrais viriam do mar do Caribe

DEA / Biblioteca Ambrosiana / Getty Images

O boto-cor-de rosa (Inia geoffrensis) povoa o folclore brasileiro e os rios amazônicos deixando a impressão de ser uma espécie que não pertence totalmente ao ambiente que a rodeia. Pesquisas recentes corroboram essa percepção. Os ancestrais do maior golfinho conhecido de água doce seriam originários do Caribe e teriam chegado à região a bordo de incursões do mar da América Central pelo noroeste da Amazônia entre 23 e 5,3 milhões de anos atrás, durante a época geológica denominada Mioceno. Não há consenso sobre a frequência, a duração e a extensão dessas invasões das águas do Atlântico caribenho, que devem ter influenciado a formação da atual fauna e flora amazônica. Um novo estudo defende a hipótese de que essas infiltrações marinhas teriam sido em maior número ou mais intensas do que indica boa parte da literatura científica, uma visão alternativa que começou a ganhar corpo nos últimos cinco anos.

“Consideramos dois cenários possíveis”, explica o palinólogo Carlos D’Apolito Júnior, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), um dos autores de um artigo publicado em agosto de 2021 no periódico científico Global and Planetary Change. “Teria havido três eventos de incursão marinha, em vez dos dois usualmente considerados, ou o segundo teria sido mais duradouro e se espalhado por uma área maior.” Assinam o estudo com D’Apolito a palinóloga Silane Caminha, também da UFMT, e o mestrando Bruno Espinosa, que é orientado por D’Apolito.

A proposta é amparada em dados produzidos a partir da análise de grãos de pólen obtidos de um poço perfurado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) no município amazonense de Atalaia do Norte, na bacia do rio Solimões, perto da tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. A uma profundidade de 34 metros abaixo da superfície, quase 20% dos 374 microfósseis orgânicos estudados eram provenientes de algas do plâncton marinho, um indício de que a água salina do mar um dia penetrou naquela região. A camada geológica de onde provêm as amostras é a menos profunda da Amazônia em que foram encontradas evidências de seres de origem marinha. Sua idade é estimada entre 11 e 10 milhões de anos atrás.

terça-feira, 2 de agosto de 2022

Como a ciência ajuda a preservar o ambiente



O programa Biota-Fapesp completa vinte anos colaborando com bases científicas para a criação de áreas de conservação e a busca por um desenvolvimento sustentável em São Paulo.

Este texto foi originalmente publicado por pesquisa FAPESPde acordo com alicença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.



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sexta-feira, 15 de julho de 2022

Como nossos filhos


Primeiros povos nativos das Américas teriam traços físicos similares aos das populações indígenas atuais – olhos castanhos, cabelos pretos e pele morena

Análises genéticas sugerem que aparência dos indígenas não mudou significativamente nos últimos 11 mil anos

Reprodução da tela Tocaia (2014), de Carmézia Emiliano. Óleo sobre tela, 80 × 80 cm, acervo Augusto Luitgards

A cor dos olhos, cabelos e pele dos primeiros habitantes das Américas, que aqui chegaram milhares de anos antes do desembarque de Cristóvão Colombo, no final do século XV, provavelmente seguia o padrão observado nas populações indígenas contemporâneas do continente. A conclusão é de um estudo coordenado por pesquisadores brasileiros, cujos resultados foram divulgados em um artigo científico em junho na revista Forensic Science International: Genetics. A maioria dos membros desses povos nativos das Américas teria olhos castanhos, cabelos pretos e pele morena, de acordo com o trabalho, que analisou material genético de sete indivíduos que viveram entre 11 mil e pouco mais de 500 anos atrás.

A investigação usou oito ferramentas da genética forense para predizer as características físicas visíveis (fenótipos) associadas à pigmentação dos nativos americanos ancestrais e comparou os resultados com a população atual de indígenas do continente. Os dois principais métodos empregados foram HlrisPlex-S e Snipper, que apresentam índices de acerto entre 70% e 90% quando utilizados para determinar a cor da pele, do cabelo e dos olhos em populações atuais de origem europeia. No estudo, foram analisados inicialmente dados de 27 indígenas contemporâneos e de 20 da época pré-colonial. O genoma desses indivíduos foi sequenciado e tornado de domínio público por outros projetos científicos. Do grupo dos indígenas ancestrais, no entanto, apenas sete forneceram informações genéticas com qualidade suficiente para embasar a predição de fenótipos: as amostras de sítios arqueológicos da Groenlândia, estado norte-americano de Nevada (três indivíduos), Argentina, Chile e da região mineira de Lagoa Santa (uma ossada de 10 mil anos).

terça-feira, 21 de junho de 2022

O mistério de uma nau portuguesa






O historiador Nuno Saldanha, da Universidade Europeia, em Lisboa, Portugal, conta
como conseguiu identificar o plano de construção de um navio de guerra construído no Brasil entre 1797 e 1802 e que integrou a frota usada pela Corte portuguesa para se mudar para o Brasil na virada de 1807 para 1808.

Este texto foi originalmente publicado por pesquisa FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY--NC-ND. Leia o original aqui.






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"Não há religião (ou lei) mais elevada que a verdade"
ALGUNS TEXTOS SOBRE TEOSOFIA: O Símbolo do Movimento TeosóficoNão Há Religião Mais Elevada Que a Verdade,  70 Itens Para Uma Vida NaturalO Que é Teosofia?A Prática do Estudo TeosóficoA Arte de Estudar TeosofiaA Arte de Fazer AnotaçõesA Leitura Torna o Homem PerfeitoA Arte de LerA Biblioteca da AlmaA Necessidade de Reconstruir a Si PróprioA Pedagogia do AutoconhecimentoOs Mestres e o Futuro da Humanidade A Pedagogia TeosóficaAprendendo a AprenderO Perfil da Loja Independente Examinando Sete PerguntasA Força Magnética dos LivrosAs Quatro Proteções do GuerreiroA Arte da SimplicidadeA Arte de Julgar PessoasA Doutrina SecretaO Que é um Teosofista?Os Andes e o FuturoO Ser Absoluto e o Progresso InfinitoA Lei do Carma e a CompaixãoConvivendo Com as ImperfeiçõesAutoimagem e AutoconhecimentoA Firmeza de PropósitoA Lei da DificuldadeA Metafísica é a Alma do ProgressoA Sabedoria de O.S. MardenA Teosofia É Uma Religião?A Vontade de AvançarO Poder de Mudar o MundoO Que é um Teosofista?A Filosofia do AikidôA Psicologia do Saber TeosóficoOs Ciclos dos HábitosOs Mestres e o Discipulado
ALGUMAS PÁGINAS E GRUPOS: Ser AtentoLoja Independente de TeosofistasCarlos Cardoso AvelineFilosofia EsotéricaA Doutrina SecretaArte e TeosofiaVisconde de FiganièreTeosofia Original no NordestePortugal TeosóficoE-TheosophyAmazônia TeosóficaIndependent Lodge of TheosophistsLogia Independiente de TeósofosThéosophie et PhilosophieTheosophy and ArtLa Sabiduría AndinaTeosofía en EspañolTheosophy and FutureEcoteosofiaThe Aquarian Theosophist, Theosophy Online.

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

A cena mais antiga



Painel de 45,5 mil anos com a representação de porcos,
encontrado na Indonésia -
 [A A Oktaviana]


Uma cena com porcos nativos da Indonésia é possivelmente a pintura figurativa mais antiga atribuída a seres humanos modernos (Homo sapiens) identificada até o momento. A equipe coordenada pelo arqueólogo Adam Brumm, da Universidade Griffith, na Austrália, encontrou em 2017 o painel em que estão representados ao menos três exemplares do suíno na caverna Leang Tedongnge, que integra o complexo de grutas calcárias Maros-Pangkep, na porção sul de Sulawesi, a maior ilha da Indonésia. A datação de sedimentos acumulados sobre a pintura indica que tenha sido realizada há pelo menos 45,5 mil anos. Na interpretação dos arqueólogos, a imagem, produzida com pigmentos à base de óxido de ferro, que lhe dão o tom avermelhado, retrata um exemplar de porco verrugoso de Sulawesi (Sus celebensis), suíno de porte médio endêmico da região. A cena é composta por ao menos mais dois exemplares do animal, que estão incompletos por causa da esfoliação da parede da gruta (Science Advances, 13 de janeiro). Anos atrás o grupo de Brumm havia encontrado uma pintura de porco datada em 43,9 mil anos em outra caverna da região. Essas representações seriam as evidências mais antigas da presença de seres humanos modernos nas ilhas que compõem a atual Indonésia. Na Espanha, existem pinturas rupestres mais antigas, com idade estimada em 65 mil anos. Elas, no entanto, são atribuídas aos neandertais (Homo neanderthalensis), uma espécie de seres humanos arcaicos, e não são figurativas.


Este texto foi originalmente publicado por Pesquisa Fapesp de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.


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