Criado em julho de 2018, o International Science Council (ISC) é uma organização não governamental com sede em Paris, na França, que nasceu da fusão entre um conselho voltado às ciências naturais, o International Council for Science (ICSU), e outro dedicado às ciências sociais, o International Social Science Council (ISSC). Em entrevista à Pesquisa FAPESP, a CEO do ISC, a sul-africana Heide Hackmann, doutora em ciência e tecnologia pela Universidade de Twente, na Holanda, conta que a união das organizações visa fomentar pesquisas transdisciplinares em áreas como desenvolvimento sustentável e tecnologias digitais, além de ampliar a articulação entre o conhecimento científico e a formulação de políticas públicas. Hackmann esteve em São Paulo em maio para participar da reunião do Global Research Council (GRC), um encontro anual de agências de fomento de todo o mundo.
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domingo, 24 de setembro de 2023
Heide Hackmann: Conhecimento unificado
Organizações de ciências naturais e sociais se reúnem em conselho internacional para fomentar pesquisas transdisciplinares
Por que os dois conselhos se fundiram?
O ICSU existia desde 1931. O ISSC, desde 1952. Ao unir as culturas das ciências naturais e sociais, o novo conselho pretende incentivar a busca por soluções integradas e inovadoras para desafios globais. Também queremos atuar como porta-voz da ciência no mundo. Representamos cerca de 40 associações científicas internacionais, além de 140 organizações nacionais, incluindo sindicatos, conselhos acadêmicos e de pesquisa. No Brasil, a Academia Brasileira de Ciências [ABC] e a Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais [Anpocs] fazem parte da nossa rede. A socióloga política Elisa Reis, professora titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é vice-presidente do conselho.
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Paragem:
Russas - CE, Brasil
quarta-feira, 5 de julho de 2023
ENTREVISTA DO JORNALISTA PEPE ESCOBAR À YULIANA TITAEVA
Pepe Escobar: a estratégia geopolítica e o "soft power" da Rússia /// Yuliana Titaeva ENG subtitles
Assuntos: Geopolítica, Rússia, China, Sul Global, Ocidente, Mudanças
Do canal de Yuliana Titaeva: https://www.youtube.com/watch?v=IXG_Z-_Wi0U&t=2470s.
Na entrevista de estreia do canal, o jornalista internacional brasileiro e analista geopolítico, Pepe Escobar, fala sobre os fundamentos da geopolítica, a parceria estratégica entre Rússia e China, o mundo multipolar, a estratégia geopolítica da Rússia, o "soft power" americano, a diplomacia pública, a dependência informacional do Brasil em relação aos EUA e seu amor pela cultura russa.
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00:00 Saudações
01:50 O centro de Moscou pelos olhos de Pepe
04:01 Fundamentos da geopolítica e a teoria do Heartland
09:40 Confronto entre EUA e China
12:54 A questão de Taiwan
16:40 Parceria estratégica entre a Rússia e a China e a formação de um mundo unipolar
19:46 Pepe sobre a GUM (loja de departamentos)
21:01 Visão geral da Praça Vermelha
23:35 "Soft Power" e diplomacia pública na política externa dos EUA
29:19 O uso de ONGs como instrumento de influência na política interna dos estados, exemplificado pelos protestos em Hong Kong em 2019-2020
32:54 Imagem de vilão de Hollywood. Quem são os russos na realidade?
37:53 A queda da União Soviética. A primeira viagem pela Rússia que mudou a vida
39:46 A dominação da narrativa americana no Brasil e as perspectivas de projetos multiculturais
44:02 A economia russa durante crises políticas externas e a nova moeda dos BRICS
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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019
Conversa com o autor: Editora da UFC entrevista Pedro Salgueiro
Com o objetivo de
oferecer aos leitores um contato ainda mais próximo com nomes que já publicaram
pela casa, bem como ampliar o diálogo com os autores que constam em seu
catálogo, a Editora da UFC entrevista o escritor Pedro Salgueiro. Em uma
conversa franca e descontraída no Bosque Moreira Campos, no Centro de
Humanidades do Campus do Benfica, o autor nascido em Tamboril (CE) em 1964
rememora momentos importantes de sua vida e obra, destacando o papel da
Universidade Federal do Ceará (UFC) em sua carreira e apontando os rumos da
literatura produzida no Ceará.
EDIÇÕES UFC – Pedro, como
você começou a atuar na literatura?
PEDRO SALGUEIRO – Comecei
como leitor, lendo tudo o que aparecia, e aos poucos comecei a selecionar.
Quando surgiu o desejo de escrever, comecei pela poesia, na década de 1980, mas
outro gênero (a prosa) foi se impondo: O
peso do morto foi o primeiro conto que escrevi, inspirado em um crime
ocorrido nos Inhamuns. A esse tempo, em Fortaleza, os escritores já consagrados
integravam o Grupo Clã (ao lado deles, surgia uma nova geração de autores).
Moreira Campos, Dimas Macedo e Sânzio de Azevedo, dentre outros, foram os
primeiros a incentivar meus trabalhos literários.
EDIÇÕES UFC – Que livros
você publicou pela Editora da UFC e que importância teve essa parceria na sua
carreira?
PEDRO SALGUEIRO – Depois da
publicação do meu primeiro livro (também chamado O peso do morto) em 1995 pela Editora Giordano, de São Paulo, veio a lume no
ano seguinte O
espantalho, pela Coleção
Alagadiço Novo, da Editora da UFC: foi a estreia na minha terra, o Ceará, aos 32
anos. Na verdade, posso dizer que a UFC é minha casa intelectual; nela, estudei
durante oito anos: concluí o curso de História e cursei Agronomia até o sexto
semestre, tendo de me mudar para o Recife a fim de tomar posse em um cargo
público. Outro momento importante de minha história com a Universidade foi o
lançamento do Almanaque
de contos cearenses (1997), responsável por lançar a geração de 1990 dos
nossos prosadores, no bosque que iria receber o nome de Moreira Campos. Mais
adiante, em 2005, meu livro Dos
valores do inimigo foi indicado ao vestibular da UFC por dois anos
seguintes, e publicado pela casa: sem dúvida, foi um momento importante na
consolidação da minha carreira como escritor.
EDIÇÕES
UFC – Você é
originário de uma cidade da região dos Inhamuns, conhecida historicamente por
uma violenta luta entre famílias (os Montes e os Feitosas). Em seus contos, a
violência é um tema recorrente, e, nas crônicas, você passa ao leitor a
sensação de estar “exilado” na cidade grande, a ideia de que este não é o seu
lugar. De que modo, a seu ver, o lugar de origem exerce uma influência sobre a
temática escolhida por aqueles que escrevem?
PEDRO SALGUEIRO – Costumo
dizer que minha infância foi terrivelmente feliz, e ela acabou aos 15 anos,
quando tive de me mudar de Tamboril para Fortaleza a fim de cursar o Ensino
Médio. A partir daí, mantive uma relação ambivalente com a capital: após me
mudar para o Recife, percebi ter desenvolvido de fato uma relação afetiva com
ela, e, hoje, morando em Fortaleza já há 36 anos, reafirmo essa ligação, embora
minha relação com o sertão seja muito mais forte. Acredito que, na infância, o
indivíduo é como uma esponja seca que absorve tudo o que lhe ocorre, por não
existir ainda uma barreira chamada “razão”, a qual somente após a adolescência
começará a predominar. Desse modo, a maioria dos escritores tem nessa fase
inicial da vida – em que a fixação das emoções atinge toda a sua potência – uma
fonte especial de inspiração. Minha relação com o sertão, portanto, é muito
próxima, e aparece até mesmo no meu livro Fortaleza
voadora (2007), que
não enfoca apenas a capital cearense (a propósito, atualmente entregue aos
cuidados de Regina Ribeiro, uma nova coletânea de crônicas deve ser publicada
pela Fundação Demócrito Rocha em 2018).
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