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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

LIVROS DE NILTO MACIEL (I)


Alguns livros do escritor cearense Nilto Maciel à disposição no website da Estante Virtual. É só consultar: https://www.estantevirtual.com.br/


A Guerra da Donzela, novela,
l.ª ed. 1982, 2.ª ed. 1984, 3.ªed. 1985,
Editora Mercado Aberto, Porto Alegre, RS

Estaca Zero, romance,
1987, Edicon, São Paulo, SP


O Cabra que Virou Bode, romance,
1.ª ed. 1991, 2.ª ed. 1992, 3.ª ed. 1995, 4.ª ed. 1996,
Editora Atual, São Paulo, SP


Os Varões de Palma, romance, 1994,
Editora Códice, Brasília


Blog que pertencia ao escritor:


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Acesse também:

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BRINCAR COM ARMAS



http://www.topbooks.com.br/



Este livro de contos do escritor cearense Pedro Salgueiro, apresentado pela acadêmica Rachel de Queiroz e e pelo jornalista e escritor José Louzeiro, ganhou vários prêmios nacionais e internacionais. Louzeiro elogia a novidade temática e a construção formal dos contos do autor. E a respeitadíssima Rachel afirma que sua expressão lingüística é original e inteligente. [Editora Topbooks: http://www.topbooks.com.br/sinopses1.asp?chave=16&topico=Brincar+com+armas]


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Conversa com o autor: Editora da UFC entrevista Pedro Salgueiro


Com o objetivo de oferecer aos leitores um contato ainda mais próximo com nomes que já publicaram pela casa, bem como ampliar o diálogo com os autores que constam em seu catálogo, a Editora da UFC entrevista o escritor Pedro Salgueiro. Em uma conversa franca e descontraída no Bosque Moreira Campos, no Centro de Humanidades do Campus do Benfica, o autor nascido em Tamboril (CE) em 1964 rememora momentos importantes de sua vida e obra, destacando o papel da Universidade Federal do Ceará (UFC) em sua carreira e apontando os rumos da literatura produzida no Ceará.

EDIÇÕES UFC – Pedro, como você começou a atuar na literatura?

PEDRO SALGUEIRO – Comecei como leitor, lendo tudo o que aparecia, e aos poucos comecei a selecionar. Quando surgiu o desejo de escrever, comecei pela poesia, na década de 1980, mas outro gênero (a prosa) foi se impondo: O peso do morto foi o primeiro conto que escrevi, inspirado em um crime ocorrido nos Inhamuns. A esse tempo, em Fortaleza, os escritores já consagrados integravam o Grupo Clã (ao lado deles, surgia uma nova geração de autores). Moreira Campos, Dimas Macedo e Sânzio de Azevedo, dentre outros, foram os primeiros a incentivar meus trabalhos literários.

EDIÇÕES UFC – Que livros você publicou pela Editora da UFC e que importância teve essa parceria na sua carreira?

PEDRO SALGUEIRO – Depois da publicação do meu primeiro livro (também chamado O peso do morto) em 1995 pela Editora Giordano, de São Paulo, veio a lume no ano seguinte O espantalho, pela Coleção Alagadiço Novo, da Editora da UFC: foi a estreia na minha terra, o Ceará, aos 32 anos. Na verdade, posso dizer que a UFC é minha casa intelectual; nela, estudei durante oito anos: concluí o curso de História e cursei Agronomia até o sexto semestre, tendo de me mudar para o Recife a fim de tomar posse em um cargo público. Outro momento importante de minha história com a Universidade foi o lançamento do Almanaque de contos cearenses (1997), responsável por lançar a geração de 1990 dos nossos prosadores, no bosque que iria receber o nome de Moreira Campos. Mais adiante, em 2005, meu livro Dos valores do inimigo foi indicado ao vestibular da UFC por dois anos seguintes, e publicado pela casa: sem dúvida, foi um momento importante na consolidação da minha carreira como escritor.

EDIÇÕES UFC – Você é originário de uma cidade da região dos Inhamuns, conhecida historicamente por uma violenta luta entre famílias (os Montes e os Feitosas). Em seus contos, a violência é um tema recorrente, e, nas crônicas, você passa ao leitor a sensação de estar “exilado” na cidade grande, a ideia de que este não é o seu lugar. De que modo, a seu ver, o lugar de origem exerce uma influência sobre a temática escolhida por aqueles que escrevem?

PEDRO SALGUEIRO – Costumo dizer que minha infância foi terrivelmente feliz, e ela acabou aos 15 anos, quando tive de me mudar de Tamboril para Fortaleza a fim de cursar o Ensino Médio. A partir daí, mantive uma relação ambivalente com a capital: após me mudar para o Recife, percebi ter desenvolvido de fato uma relação afetiva com ela, e, hoje, morando em Fortaleza já há 36 anos, reafirmo essa ligação, embora minha relação com o sertão seja muito mais forte. Acredito que, na infância, o indivíduo é como uma esponja seca que absorve tudo o que lhe ocorre, por não existir ainda uma barreira chamada “razão”, a qual somente após a adolescência começará a predominar. Desse modo, a maioria dos escritores tem nessa fase inicial da vida – em que a fixação das emoções atinge toda a sua potência – uma fonte especial de inspiração. Minha relação com o sertão, portanto, é muito próxima, e aparece até mesmo no meu livro Fortaleza voadora (2007), que não enfoca apenas a capital cearense (a propósito, atualmente entregue aos cuidados de Regina Ribeiro, uma nova coletânea de crônicas deve ser publicada pela Fundação Demócrito Rocha em 2018).

DOS VALORES DO INIMIGO



http://editora.ufc.br/




O conto tem suas peculiaridades. Nem todo escritor consegue a concisão necessária e o mistério indispensável capaz de levar o leitor do primeiro ao último parágrafo. Pedro Salgueiro consegue.

Começando seus contos sem deixar margem ao leitor de saber como será o final, o autor de O peso do morto, 1995, e O espantalho, 1996, é um contista genial. Basta abrir este livro, Dos valores do inimigo, para comprovar o que está sendo dito sobre ele. E ainda é pouco.

Dados do Livro

AUTOR: Pedro Salgueiro
COLEÇÃO LITERATURA NO VESTIBULAR - Nº 5
PÁGINAS: 114
ISBN: 85-7282-169-4
ANO: 2005


Também acessível na Estante Virtual:

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