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terça-feira, 7 de novembro de 2023

Historiador dos números



Ubiratan D’Ambrosio ampliou o alcance do ensino da matemática
por meio do diálogo com contextos culturais diversos


Ubiratan D’Ambrosio durante evento no auditório do Instituto de Filosofia
e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp, em 2007
Imagem: 
Antonio Scarpinetti - SEC - Unicamp


por: Christina Queiroz, em 19 de maio de 2021

Teórico da educação matemática e pioneiro na área da etnomatemática, campo de estudos que analisa a aplicação do conhecimento matemático em diferentes universos culturais, Ubiratan D’Ambrosio morreu no dia 12 de maio, aos 88 anos, em São Paulo. Era professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e docente do Programa de Pós-graduação em Educação Matemática do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Rio Claro. Deixa a mulher, Maria José, um filho, quatro netas e duas bisnetas.

Paulistano, D’Ambrosio graduou-se em matemática pela Universidade de São Paulo (USP) em 1955. Defendeu o doutorado em matemática pura, em 1963, na mesma universidade. Também foi professor na Escola de Engenharia de São Carlos, na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) e na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro. Ao longo de sua trajetória profissional, lecionou no Programa de História da Ciência da PUC-SP, no Programa de Pós-graduação da Faculdade de Educação da USP e foi professor visitante no Programa Sênior da Universidade Regional de Blumenau (Furb).

domingo, 24 de setembro de 2023

Heide Hackmann: Conhecimento unificado

Organizações de ciências naturais e sociais se reúnem em conselho internacional para fomentar pesquisas transdisciplinares


Hackmann: intenção de ampliar a articulação entre
a produção científica e a elaboração de políticas públicas
Léo Ramos Chaves


|Matéria de Christina Serra, edição de 280 - junho de 2019|

Criado em julho de 2018, o International Science Council (ISC) é uma organização não governamental com sede em Paris, na França, que nasceu da fusão entre um conselho voltado às ciências naturais, o International Council for Science (ICSU), e outro dedicado às ciências sociais, o International Social Science Council (ISSC). Em entrevista à Pesquisa FAPESP, a CEO do ISC, a sul-africana Heide Hackmann, doutora em ciência e tecnologia pela Universidade de Twente, na Holanda, conta que a união das organizações visa fomentar pesquisas transdisciplinares em áreas como desenvolvimento sustentável e tecnologias digitais, além de ampliar a articulação entre o conhecimento científico e a formulação de políticas públicas. Hackmann esteve em São Paulo em maio para participar da reunião do Global Research Council (GRC), um encontro anual de agências de fomento de todo o mundo.

Por que os dois conselhos se fundiram?
O ICSU existia desde 1931. O ISSC, desde 1952. Ao unir as culturas das ciências naturais e sociais, o novo conselho pretende incentivar a busca por soluções integradas e inovadoras para desafios globais. Também queremos atuar como porta-voz da ciência no mundo. Representamos cerca de 40 associações científicas internacionais, além de 140 organizações nacionais, incluindo sindicatos, conselhos acadêmicos e de pesquisa. No Brasil, a Academia Brasileira de Ciências [ABC] e a Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais [Anpocs] fazem parte da nossa rede. A socióloga política Elisa Reis, professora titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é vice-presidente do conselho.