domingo, 31 de julho de 2022

"Leve-me Para Casa Esta Noite"






Take Me Home Tonight ("Leve-me Para Casa Esta Noite") é uma comédia romântica de 2011 dirigida por Michael Dowse. Para quem já viu, ou ainda vai ver, o que ressalto aqui é, em particular, a trilha sonora. Músicas que me fizeram recordar a juventude e um mundo que era, em muito, melhor que este de agora.

Encontrei no website Discogs tudo, tudo. O mais pode se buscar por aí. Fica a dica e um abraço. Link: https://www.discogs.com/pt_BR/release/11710757-Various-Take-Me-Home-Tonight-Motion-Picture-Soundtrack.



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["parece tarde, mas o tempo"], de Lília Tavares






parece tarde, mas o tempo
parou nas palmas das minhas mãos.
levaste a brisa, as asas de um sorriso,
a cumplicidade do silêncio que se quebra.
sei que a noite chega apesar
de a não sentir na raíz e nos aromas
pois de ternuras encheste o meu corpo
e deixei de sentir o ardor do frio.
mais uma vez sou ave inquieta,
onda de sal encrespada,
vento sem rumo que atravessa
a solidão destas paredes.
quando chegares, traz de volta o fôlego
que me tiraste, a tua pele,
palavra e poros,
e arrepia-se mais e mais o novelo
arredondado do desejo.


[LÍLIA TAVARES, in POEMÁRIO 2015 (Pastelaria Studios Ed, nov 2014)]

Dia 20 de Julho

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Pastel s/ papel: Tenderness, ©Patricia Hannaway
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sábado, 30 de julho de 2022

Fernando Savater: Ética Para Ensinar



O professor de Filosofia e escritor espanhol, Fernando Fernández-Savater Martín (1947), estudou de Filosofia e Letras em Madrid na Universidade Complutense de Madrid e foi incorporado como professor de História da Filosofia na Faculdade de Cien. cias Políticas na Universidade Autónoma de Madrid, da qual foi expulso por sua atitude crítica contra o regime franquista.

Posteriormente foi professor de Ética e Sociologia na Universidade à Distância (UNED) e, desde 1980, professor de Ética na Universidade do País Basco, em San Sebastián. É considerado um destaque na área do ensaio e do artigo jornalístico, e cultivou também a novela e o gênero dramático.







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OBJETO BARATO



como um guarda-chuva
ou um copo de plástico.

Tê-lo, esquecê-lo,
perdê-lo,
perdendo sua existência,
vulgarizando-o para além do que já é,
resumindo-o à sua função prática.

Coisas.
Fantasmagorias.
Ou nada demais.

Lixo que o coletor leva
e alimentará, quem sabe,
o sonho de outra pessoa,
alguma de vida ainda mais precária.

Aquela palavra gasta
que nenhuma marca insinua
e que o vento leva.


|Autor: Webston Moura|



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Eunice Muñoz


Eunice Muñoz nasceu no dia 30 de julho de 1928, em Amareleja, concelho de Moura, Alentejo.

Oriunda de uma família de atores, estreou-se no Teatro Nacional D. Maria II em 1941, fazendo parte do elenco da peça "Vendaval", de Virgínia Vitorino, com encenação de Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro.

Ao longo da sua vida, Eunice Muñoz foi homenageada com diversos galardões e prémios, entre os quais o Prémio Sophia Carreira, atribuído pela Academia Portuguesa de Cinema, e condecorada com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e a Grã-Cruz da Ordem do Mérito. No dia 22 de abril de 2021 foi realizado, no Auditório Municipal Eunice Muñoz, em Oeiras, um evento especial de comemoração dos 80 anos de carreira de Eunice Muñoz, em que a atriz foi condecorada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.

Morreu com 93 anos, a 15 de abril de 2022.

Veja o vídeo da atriz a encerrar o espetáculo de revista à portuguesa "Passa por mim no Rossio", de Filipe La Féria, em 1992, no mesmo teatro onde fez a sua estreia:




Fonte: Instituto Camões [https://www.facebook.com/camoes.ip]


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sexta-feira, 15 de julho de 2022

Como nossos filhos


Primeiros povos nativos das Américas teriam traços físicos similares aos das populações indígenas atuais – olhos castanhos, cabelos pretos e pele morena

Análises genéticas sugerem que aparência dos indígenas não mudou significativamente nos últimos 11 mil anos

Reprodução da tela Tocaia (2014), de Carmézia Emiliano. Óleo sobre tela, 80 × 80 cm, acervo Augusto Luitgards

A cor dos olhos, cabelos e pele dos primeiros habitantes das Américas, que aqui chegaram milhares de anos antes do desembarque de Cristóvão Colombo, no final do século XV, provavelmente seguia o padrão observado nas populações indígenas contemporâneas do continente. A conclusão é de um estudo coordenado por pesquisadores brasileiros, cujos resultados foram divulgados em um artigo científico em junho na revista Forensic Science International: Genetics. A maioria dos membros desses povos nativos das Américas teria olhos castanhos, cabelos pretos e pele morena, de acordo com o trabalho, que analisou material genético de sete indivíduos que viveram entre 11 mil e pouco mais de 500 anos atrás.

A investigação usou oito ferramentas da genética forense para predizer as características físicas visíveis (fenótipos) associadas à pigmentação dos nativos americanos ancestrais e comparou os resultados com a população atual de indígenas do continente. Os dois principais métodos empregados foram HlrisPlex-S e Snipper, que apresentam índices de acerto entre 70% e 90% quando utilizados para determinar a cor da pele, do cabelo e dos olhos em populações atuais de origem europeia. No estudo, foram analisados inicialmente dados de 27 indígenas contemporâneos e de 20 da época pré-colonial. O genoma desses indivíduos foi sequenciado e tornado de domínio público por outros projetos científicos. Do grupo dos indígenas ancestrais, no entanto, apenas sete forneceram informações genéticas com qualidade suficiente para embasar a predição de fenótipos: as amostras de sítios arqueológicos da Groenlândia, estado norte-americano de Nevada (três indivíduos), Argentina, Chile e da região mineira de Lagoa Santa (uma ossada de 10 mil anos).