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sábado, 6 de agosto de 2022

Onze Aforismos da Tradição Judaica


"Há milênios diferentes povos e nações registram a sabedoria eterna em frases e pensamentos curtos, que são memorizados e passados de geração em geração por tradição oral.

Séculos antes da era cristã, começaram a ser popularizados os documentos escritos. Até hoje a tradição oral da filosofia prossegue ao lado da tradição escrita, e são frequentes os “ditados populares” carregados de conhecimento profundo.

Escritos ou falados, tais fragmentos trazem em poucas palavras a sabedoria das idades. Sua brevidade os torna eloquentes. Eles produzem paz interior naquele que reflete com calma sobre eles."

(Carlos Cardoso Aveline)




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domingo, 18 de dezembro de 2016

Rua do Entardecer

Se não bastasse
chamar-se o bairro O Mucuripe
─ nome de peixe? Nome de vento?,
nome bonito

tem lá um beco
que não tem nome,
tem apelido
que está no título...

Ruas assim
não é para ter ordem
nenhuma placa,
não ter nem CEP,

só uns velhinhos
umas moças sonsas
e alguns moleques.




│Autor: Carlos Nóbrega
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Poema constante de “Canto Aceso” (Lua Azul Edições, 2016)

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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Árido

O meu verso ─ pouquíssimo importa,
A vida sim importa.
As carnaubeiras dão asteriscos verdes
           ao ar ido,
sem nunca me terem lido.
Árido não será isto:
           a solidão de uma planta
numa paisagem rude.
Áridos serão meus versos
             que nunca produzem palmas.
Todos vivem.
Poetas resumem
E é só isso o que eles fazem.



│Autor: Carlos Nóbrega


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Carlos Nóbrega é natural de Fortaleza-CE. Poeta dotado de imensa sensibilidade e bom humor, além de muita sutileza, é autor de: A Sono Solto; Outros Poemas (I Prêmio Osmundo Pontes/Academia Cearense de Letras); Breviário (Prêmio Estado de Minas de Cultura); Árvore de Manivelas; A grande peleja eletrônica (com Orlando Queiroz); O quanto sou; 8Verbetes (I Prêmio Nacional Gerardo de Melo Mourão/Ideal Clube – Menção Honrosa); Lápis Branco. O presente poema consta de Canto Aceso. Nóbrega faz d’Os Poetas de Quinta [http://poetasdequinta.blogspot.com.br/].
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domingo, 29 de novembro de 2015

Litorais


Coisas feitas de água:
Os peixes, as conchas, o sal,
A sede, o suor e o cais...
E além das águas, há mais:
A lua que brilha nas vagas
E o mar sem par e sem paz.

Coisas feitas de vento:
O Braço da hélice e a duna,
Nuvem, ondas, coqueirais,
Folhas, velas, pardais;
Depois, os voos desfeitos,
As coisas de nunca mais.


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# Poema constante de Canto Aceso (Expressão Gráfica e Editora, 2015)

│Autor: Carlos Nóbrega