O
meu verso ─ pouquíssimo importa,
A
vida sim importa.
As
carnaubeiras dão asteriscos verdes
ao
ar ido,
sem
nunca me terem lido.
Árido
não será isto:
a
solidão de uma planta
numa
paisagem rude.
Áridos
serão meus versos
que
nunca produzem palmas.
Todos
vivem.
Poetas
resumem
E
é só isso o que eles fazem.
│Autor: Carlos Nóbrega │
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Carlos
Nóbrega é natural de Fortaleza-CE. Poeta dotado de imensa sensibilidade e bom
humor, além de muita sutileza, é autor de: A Sono Solto; Outros Poemas (I Prêmio
Osmundo Pontes/Academia Cearense de Letras); Breviário (Prêmio Estado de Minas
de Cultura); Árvore de Manivelas; A grande peleja eletrônica (com Orlando
Queiroz); O quanto sou; 8Verbetes (I Prêmio Nacional Gerardo de Melo
Mourão/Ideal Clube – Menção Honrosa); Lápis Branco. O presente poema consta de
Canto Aceso. Nóbrega faz d’Os Poetas de Quinta [http://poetasdequinta.blogspot.com.br/].
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