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quarta-feira, 21 de junho de 2023

CADEADO


O deserto,
aonde exista um um.
Ou como se possa imaginá-lo:
areia e pedra depois de certa água.

Ou, indo mais fundo,
uma tela cuja pintura sumisse,
deixando apenas o rastro de uma assinatura,
um nome-borrão que ninguém soubesse.

Aonde a água lavou
e o vento varreu,
nenhuma marca
a se pegar com a mão,
intersecção disso e aquilo,
nada! - corpo sem sombra.

A calçada só cimento,
o olho seco,
a boca retraída,
cadeado.


│Poema da Série “Silêncio” – Autor: Webston Moura│


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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

ÁGUAS SOB O SOL

Dou-me ao silêncio e o percorro.
Não digo do barco, devagar, cortando as águas;
apenas o vejo frente ao horizonte, sol por toda parte.

Dá-me receio estas ágoras em desespero.
Por isso, este silêncio que me percorre,
horizontes em demasia, águas sob o sol.


│Poema da Série “Silêncio” – Autor: Webston Moura│

MÚSICA PARA FUGIR DO CAOS

Enquanto lê.
Enquanto prepara o café.
Enquanto arruma o quarto.
Enquanto se banha.
Enquanto esquece o tempo.

Esta música da repleta cor de rouxinóis livres.


│Poema da Série “Silêncio” – Autor: Webston Moura│

RECESSO



Se não meus olhos,
a textura da minha pele.
Meu corpo mesmo
(esse vai-e-vem de tronco-e-membros)
parece querer gritar.
Minha boca, contudo, nada diz.

São dias e dias, desertos cultivados com carinho,
amor e aflição preparados na mesma receita.


│Poema da Série “Silêncio” – Autor: Webston Moura│