quinta-feira, 28 de abril de 2016

Hálito de terra

Com as mãos infantis,
desequilibrou minhas
águas primitivas:

meu peixe de infinita candura.

Em seu lago
de salgado gosto,
renova oceanos quando chora
e planta benquerenças nas bordas
de meu rio.

Porque livre está de minhas areias,
embora semente,
               fruto
               e raiz.


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# Poema constante de "Milagreira" (Casarão de Poesia, 2011)

│Autora: Iara Maria Carvalho



Iara Maria Carvalho nasceu em 1980, em Currais Novos, Seridó norte-rio-grandense. É graduada em Letras e mestra em Estudos da Linguagem, pela UFRN. Atua como agente cultural em sua cidade, através do Grupo Casarão de Poesia. Como poeta, venceu o 3º Concurso de Poesia Zila Mamede (Parnamirim/RN, 2006) e obteve a 3ª colocação no Concurso Nacional de Poesia Helena Kolody (Curitiba/PR, 2010), dentre outros concursos.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

LÁGRIMAS ROLANTES

I can’t goethe no




Tardinha passando
Crianças brincando
Vejo-as sorrir
Mas não para mim
               Eu me sento e sinto
               Lágrimas surgindo

Nem tudo tem preço
Cantem eu lhes peço
Só consigo ouvir
A chuva cair
               Eu me sento e sinto
               Lágrimas surgindo

O dia acabando
Crianças brincando
Como eu, nessa idade
Acham ovidade
               Eu me sento e sinto
               Lágrimas surgindo

Um-uumm-uumm-um...



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# Poema constante de "Girândola" (Substânsia, 2015)

│O Poeta de Meia-Tigela


O Poeta de Meia-Tigela (Alves de Aquino), natural de Fortaleza-CE, 1974, participou em 2007, da Antologia Massanova – Poesia Contemporânea Brasileira. É autor de: Memorial Bárbara de Alencar & Outros Poemas (2008); Concerto Nº 1nico em Mim Maior Para Palavra e Orquestra. Poema: Combinação de Realidades Puramente Imaginárias [Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2010]; Miravilha – Liriai O Campo dos Olhos [Confraria do Vento, 2015]. Seu blog: http://opoetademeiatigela.blogspot.com.br/.

Dormir

Estou adormecido
em sonhos recorrentes: o medo
eleva meu corpo sobre o telhado
                               e o sentimento
                               da irrealidade
                               suspende a ideia
                               de estar avivado.

Sou na igualdade o trunfo
oposto no aspecto
do homem adormecido
em si mesmo.




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# Poema constante de "Iguais" (Projeto Passo Fundo, 2013 - LINK: http://goo.gl/p8360A).


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Pedro Du Bois, poeta e contista. Passo Fundo, RS, 1947. Residente em Balneário Camboriú, SC. Vencedor do 4º Prêmio Literário Livraria Asabeça, Poesia, com o livro Os Objetos e as Coisas, editado pela Scortecci Editora, SP. Tem publicado pela Corpos Editora, Portugal, A Criação Estética; Pela Sarau das Letras, Mossoró, RN, Seres; Pelo Projeto Passo Fundo,Brevidades, Via Rápida, Iguais e Em Contos; Pela Editora Penalux, O Senhor das Estátuas. Blog [http://pedrodubois.blogspot.com.br/].