O
silêncio, que é de ouro,
guardo-o
na prudência
com
que, entre homens, caminho.
Vejo-os
aflitos e sem escutas,
olhos postos
no horizonte,
esperando
a salvação
─ que
não virá de suas algaravias.
Assuntam
a obscuridade que lhes toma,
as esquinas
suspeitas, o homem surgido
de suas
entranhas, este que não lhes convém.
Disseram-nos
de um mundo futuro,
do leite
e do mel abundantes,
de
cítaras embalando albores,
de
sonhos os mais prestimosos.
E o que
temos para a ceia
são engrenagens
de tecer estapafúrdios,
solilóquios
em casas abandonadas,
iras,
choros, ressentimentos
e
uma paz de pouco linho.
Por
isso, o silêncio, que é de ouro,
guardo-o
em meu coração.
E, no
enquanto deste agora,
escuto o outono chegar................................................
│Autor: Webston Moura │
______________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caso queira, comente!