Somos escombros de mundos passados,
sombras
de pensamentos já havidos:
no
galpão abandonado, um menino
transita,
e não lhe vemos o rosto;
um
pássaro sem nome voa
por
sobre sua cabeça
e sai
pelo oco do quebrado vitral
para o
aberto da manhã
(que se
repete).
(Ontem,
ecoava Magdalena Kozena
enquanto
os lírios se abriam
de
dentro das palavras de Nuno Júdice.
Estávamos
no vergel e éramos apenas nós.
O
futuro nos sorria, adiante, no obscuro
dos nossos
iluminados corações).
O
espelho, amarescente oráculo,
hoje nos
exibe um rosto que nos trai
ou que,
em sua mais genuína verdade,
nos
revela o resultado de todos os dízimos.
O tempo
nos comeu o leopardo,
o baobá,
as mercês e o prazer de,
sem mais, dizer avelã,
mesmo
que em dia nublado.sem mais, dizer avelã,
│Autor: Webston Moura │
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