Dentro
do sangue, as palavras não estão em ordem.
Não há
policiais gramáticas hierarquizando o desejo.
Se me
ponho nesta liberdade, posso a clorofila,
o leopardo,
o beijo, a montanha e o abraço.
Posso a
carne, que é meu templo saqueado
e minha
possibilidade de que haja o agora.
Posso o
erro como saudável trajeto humano.
Não
escreverei, pois, com os olhos vidrados
e o
medo insuflado ao grau de virtude.
Enquanto
escrevo, conspiram outros pelo poder.
E, no
medo, rezam aos seus deuses petrificados.
Coagem,
deturpam, aniquilam ─ eis sua gramática!
Dementes,
não se sabem tais
e,
assim, não voam
(quando
pensam que sim).
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│Autor: Webston Moura │
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Mais dois exemplos de sua sempre criativa ótica poética. Para nosso bem. Abraços.
ResponderExcluirGrato, Pedro! Abraços!
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