nenhuma
data rezinga na solidão de agora,
exceto
a que, tarde de chuva e barcos de papel,
pronuncia
o menino que fui e que em mim continua.
(o amarelo das
fotos me tinge)
lá fora, um inchaço a que chamamos cidade:
lá fora, um inchaço a que chamamos cidade:
caminhos
e labirintos; dinheiro.
sob esta
goiabeira, a sol resistida,
com um arisco
azulão a saltar,
sou
remorso quase alegre, quase melancólico,
e
penso: é preciso deflagrar o bálsamo.
│Autor: Webston Moura │
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NOTA:
I. Os versos em negrito e itálico constam, respectivamente, dos meus poemas "Alma de lacrau", "Cascas do sono" e "Bálsamo violento" (Encontros imprecisos: insinuações poéticas; 2016)
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